sexta-feira, outubro 28, 2005

"amai-vos uns aos outros, assim como Eu vos amei!"

bom, ok. já ouvi muitas vezes esta frase, é o mandamento, tenho currículo nisto, tenho o currículo todo, não fosse viver em pecado neste momento, até podia sugerir a minha futura beatificação.

ouvi nisto, e acho lindo, o amor o mandamento, faz todo o sentido, independetemente da existência de deus, ou da vida eterna ou o que seja

mas há pouco tempo veio-me assim uma dúvida deveras grande, e estranha...
como é que ele amou os discípulos? no "assim como", este como, como é?

de que género é que era jesus a demonstrar afectos? não me lembro de ouvir em nenhuma missa nada do género: "do evangelho de são marcos/lucas/mateus/joão, e o que ele queria dizer com aquele como era o seguinte, que escrevo para que vos seja fácil de seguir o seu mandamento. jesus amava-me assim: ouvia tudo com calma, oferecia-me um abraço, acreditava em mim, fazia-me sentir com força para encarar os meus desafios"

é que dar a vida pelos outros é tb vago qb...

16 Comments:

Anonymous Anónimo said...

então e agora como é que te ama?
lc

outubro 28, 2005  
Blogger Eduardo da Fonseca Joaquim said...

O facto de se falar muito no "cú de Judas" terá alguma coisa a ver com o assunto?

outubro 28, 2005  
Anonymous Anónimo said...

olá Zé!!
lc

outubro 28, 2005  
Blogger Eduardo da Fonseca Joaquim said...

Olá lc.

Mas, ups... O chefe já voltou: de volta ao trabalho!

Nada como analisar um milhão e meio de linhas em MS Access para esquecer as questões biblico-amorosas-cudejudescas.

outubro 28, 2005  
Anonymous Anónimo said...

ah pois, isso ou o msoft excel!!!
tens andado na linha?
lc

outubro 28, 2005  
Anonymous Anónimo said...

dar a vida pelos outros no caso do JC não foi vago, foi mesmo muito concreto.
a mim, pessoalmente, (;o)) Deus ama-me porque nunca me deixa só, porque fuma um cigarro à minha beira enquanto eu estou a pensar, porque vejo a cara dele quando inesperadamente outros, pessoas concretas, tu, por exemplo, me amam e dão a aplavra, o braço o aconhchego, quando é preciso.
Pra mim é isso: é querer estar ao lado dos outros, mesmo quando não se pode fazer nada, mesmo quando eles são chatos, emsmo quando eles não o fariam por nós, com palavras ou sem elas, mas com um gesto acerca do qual não´há dúvidas em nós. Isso para mim é amar o próximo cm JC e sentir k os outros me amam como o JC. ele não se impõe, mas está sempre lá, nas coisas mais pequeninas. E nas grandes - dar a vida - tb esteve, mas isso é um caminho bem longo para ´nós, para mim - falo por mim, claro! - k não tenho jeito para mártir! :o)

outubro 28, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Trota, REACTIVA O TEU BLOG!!! :o)

outubro 28, 2005  
Anonymous Anónimo said...

p.s. Naturalmente presumo e tenho a arrogância de pensar que o JC terá amado os seus discípulos na prática exactamente da mm maneira que sinto k me ama a mim

outubro 28, 2005  
Blogger ana said...

eu agora lembrei-me do sketch do gato fedorento do puto que tá a brincar com deus à bola e vem o pai e diz "não se brinca com deus" e o puto vai-se embora e deus (grande bem hajas ricardo araujo pereira, se me estás a ouvir, um dos caçadores não era de confiança...) fica todo triste com os braços caídos e a lembrar-se do bom que foi ter o puto a brincar com ele (incluisivé marcar frangos ao puto, como se do nosso ricardo - SPOOORTEN - se trata-se)

ps continuo a achar que devia ter dado mais pistas

outubro 28, 2005  
Blogger ana vicente said...

A ideia de amar o próximo como Jesus nos amou é-nos um conceito extraterrestre exactamente porque o tipo de amor que conhecemos diverge em absoluto do dele.
Porquê?

Porque Jesus "amou" cada um de nós enquanto humanidade, enquanto nós amamos no individual. Amamos aquela pessoa e não a humanidade nessa pessoa. De vez em quando, podemos ter reminiscências disso, mas dificilmente perduram se a relação perdurar. Provavelmente amaste aquela criança de 5 anos que te deu a mão no metro em toda a sua humanidade e, por isso, deves ter tido uma experiência cristã.

Quando se fala que Jesus era filho de Deus, sendo Deus ao mesmo tempo, é a isso que se refere: Jesus era homem mas era também toda a humanidade nele. É muito difícil viver enquanto humanidade. Só Ele assim viveu.

Falar em viver a vida de Cristo é falar em viver com esse peso e com essa consciência de humanidade.

No amor e no sofrimento também. A experiência cristã, ou o mais semelhante a isso que assisti, pode ser também sentir o sofrimento da humanidade inteira ao mesmo tempo. Parece impossível, mas não é. Porque não há nada que outro ser humano possa sentir que não esteja em nós.

Mas qual de nós não procura o concreto, o diferente dito "absoluto", o único, a marca? Procuramos nos outros as marcas que os distingam de todos os outros seres humanos que alguma vez encontrámos. E a isso chamamos amor. É o nosso amor terreno, o nosso amor possível, o nosso amor "condenado".

outubro 28, 2005  
Blogger ana said...

pô ana vicente! gostei tanto da tua resposta! vou mastigar.

outubro 28, 2005  
Blogger Tiago Mendes said...

está muito heterodoxa, menina ana :)

mas gosto das dúvidas semi-existenciais!

outubro 30, 2005  
Blogger Tiago Mendes said...

Percebo e aprecio a análise da Ana Vicente, mas discordo deste tipo de amor. Daí ao totalitarismo vai um pequeno passo. Não sei se Jesus "amou" assim ou assado. Mas essa descrição não me traz bons sentimentos.

O amor só faz sentido enquanto qualquer pessoa for um fim em si mesmo, e não a parte dum todo. Isso do "amor à humanidade" para mim é um grande perigo, se não mesmo uma grande fantochada. De resto, fomos nós que criamos esse mito de "Jesus filho de Deus" e etc e tal. Mas ok. A existência é difícil...

Com isto então discordo em absoluto: "Jesus era homem mas era também toda a humanidade nele. É muito difícil viver enquanto humanidade. Só Ele assim viveu."

Para já, porque não "se" ele viveu assim. Depois, porque tendo vivido assim, não terá sido certamente o único (e não, não estou a pensar na farsante da Madre Teresa de Calcutá).

outubro 31, 2005  
Blogger anarresti said...

Bem... quanto a isso ouve quem tivesse curiosidade. No "Jesus Christ Superstar" Maria Madalena é retratada de forma muito interessante. É o afecto de Jesus por ela que a desafia, que a deixa perturbada. Porque ela está habituada a que os homens a olhem com desejo puro e duro. E ele olha-a com ternura. Na missa realmente não é comum ouvir-se falar da ternura, dos afectos de Cristo. Mas pensa bem, nunca ouviste nenhum padre, nenhum missionário, nenhuma freira falar disso? Eu já ouvi vários, em circunstâncias diferentes. E já ouvi várias vezes pessoas falaram-me do carinho de Deus, da forma como o sentem nas suas vidas, no seu íntimo. Ok, mas isso é etéreo. E a prova documental? Qual o versículo, onde ficou escrito, quem foi o exegeta que "exegetou"...? :-P Pouco me importa...

outubro 31, 2005  
Blogger ana said...

:D

bem vindo carlos

novembro 04, 2005  
Anonymous Anónimo said...

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fevereiro 16, 2007  

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