quinta-feira, outubro 20, 2005

nostalgia - a minha primeira vez com o eugénio

"HISTÓRIA DE VERÃO

Uma abelha, dessas que dizem ser italianas, entrou pela janela, obstinou-se em escolher-me, poisa-me no ombro, descansa de seus trabalhos. Lisonjeado com aquela preferência, comecei a amá-la devagar, retendo a respiração, com receio de que não tardasse a dar pelo seu engano, que cedo viesse a descobrir que não era eu a haste de onde se avistavam as dunas. Mas o seu olhar tranquilizava, era calma ondulação do trigo. Agora só uma interrogação perturbava a minha alegria - comigo, como é que faria o seu mel?"

Eugénio de Andrade

11 Comments:

Blogger ana vicente said...

Muito bela essa história. A atracção pela beleza tem destas coisas.

Não tendo eventualmente nada a ver, lembrei-me da Abelha Maia (que tenho revisto), que ela não era abelha de colmeia, nem queria ser. Perante as insistências do amigo em voltar para casa, ela recusava-se dizendo que queria ver o mundo e ser livre.

Talvez essa abelha seja um pouco como a Maia.

outubro 20, 2005  
Blogger ana said...

a abelha maia não queria fazer mel???? (uma abelha não pode fazer mel longe da colmeia, pois não?) oh meu deus! mas que grande baldas. é por causa de abelhas dessas que o comunismo não funcionou! pffffffffffffff

eu gosto muito desta história. acho que fala muito daquilo que podemos dar ou não aos outros nas relações que temos com eles...

por outro lado faz-me lembrar a história do gajo que está apaixonado por uma ovelha no abc do sexo :-b

outubro 20, 2005  
Blogger ana vicente said...

Lá está: todo o amor impossível tem o seu lado cómico.
A tragédia já não existe: ou nos rimos dela ou fazemos um drama barato.

A abelha maia era uma ganda maluca!

outubro 20, 2005  
Blogger ana said...

eh pá, amores impossíveis é a secção da minha irmã, não minha. e viva divisão de tarefas :D

a maia era uma metáfora anti-comunista criada pela CIA, começo a aperceber-me. buf!

outubro 20, 2005  
Blogger ana said...

às vezes os comentarios aparentemente mais desligados são os mais profundos! :-b

outubro 20, 2005  
Blogger ana said...

é o amor de quem tem baixa auto-estima viriato, tv, o receio de que as abelhas descubram que não somos nos as hastes de onde se avistam as dunas, quando às vezes até somos, ou mm que não sejemos as abelhas tão-se borrifando para isso...

por isso depois somos tranquilizados

deve ser isso. não podemos perguntar ao eugénio, cabe-nos a nós interpretar

outubro 20, 2005  
Blogger ana said...

gente foleira! nem eu tou amanhã a essas horas no piolho, nem gosto que gozem com o peseirito, q afinal, esse sim, ao contrário da abelha maia, é um grande comuna

outubro 20, 2005  
Blogger ana vicente said...

Afinal é um piolho ou uma abelha?

outubro 20, 2005  
Blogger ana said...

aqui somos amigos da bicharada toda ;-b

outubro 21, 2005  
Anonymous Anónimo said...

malta, o copo e o jantar é às 21:30 no Zé Bota! - atrás do piolho - e isto é tipo a anedota da outra: kem não está, estivesse!;o)(Pronto, tb pode vir a estar no futuro...)
outro exemplo de amar c receio: receio k o 'condão' se rompa! Daí tb o cuidadinho, k é pra isso não acontecer...
Se apoiamos aqui os animais todos, então será k tb apoiamos o Calimero? (tão a ver kem é, aquele pato lamuriento chato cuja tendência para a vitimização o torna portuguÊs honorário e entra numa música, lá está!, c a Abelha Maia)

outubro 21, 2005  
Blogger ana said...

o calimero não, esse não apoiamos, quanto muito usamos como piaçaba!

(instruções de utilização em http://home.dbio.uevora.pt/~oliveira/Imprensa/piassava.htm)

outubro 21, 2005  

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