quarta-feira, novembro 02, 2005

hoje acordei e li isto : «Se Cristo não ressuscitou, a Igreja é apenas mais uma ONG»

eu que não tinha nada para postar, fiquei bem feliz por este tm me ter posto a recordar velhas discussões de quando era uma menina de grupo de jovens católico, e discutiamos as diferenças entre protestantes e católicos, e se todos os "dogmas" da igreja faziam sentido ou não.

e então, como agora (e muito muito mais agora), o facto de cristo ter ou não ter ressuscitado, ou a maria ser virgem ou não, ou a hóstia ser mesmo o corpo de cristo ou não, está completamente ao lado do que acho importante no cristianismo.

e já que perguntais "o que achas tu importante então" eu digo-vos: para mim o que é importante no cristianismo é saber se é possível que o amor à humanidade como um todo (tiro aqui o chapéu à ana vicente) e a cada um dos seres humanos em particular (tiro aqui o chapéu ao tm) seja um bom e suficiente sentido prá vida, e se aquela forma de amar, com perdão 70x7, dar a outra cara, é possível ou desejável ou e se quero de facto que seja a minha.

17 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Se essa forma de amar é possível não sei, as tenho muita curiosidade de descobrir. Se é desejável claro que sim, á a única coisa que pode dar a permanente paz de espírito. Espero k não seja preciso justificar a necessidade da paz de espírito! :o)

novembro 02, 2005  
Blogger ana said...

achas que essa forma de amar é a única coisa capaz de dar paz de espírito? que de tudo o que pudemos fazer com a vida a única coisa que nos pode trazer paz de espírito ou realização no final da vida é amarmos dessa forma?

novembro 02, 2005  
Blogger anarresti said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

novembro 02, 2005  
Blogger anarresti said...

Na minha visão das coisas, que procuro seja também a minha forma de viver, o importantes no cristianismo e em todas as religiões é a experiência de uma forma de amar que seja a superação do ego. Por isto entendo a maturidade de deixar de ver e viver o mundo sem que eu seja a medida de tudo. Vou usar o exemplo clássico do amor de mãe. No amor de mãe não existe [desculpem-me mas é verdade] só o absoluto de um amor incondicional, existe também a projecção das inseguranças, a procura de compensar carências e outros elementos de desiquilíbrio. Principalmente quando se trata de um bebé, como existe total dependência da mãe há uma oportunidade que é obviamente aproveitada de a mãe compensar nessa relação desiquilibrada o que fora da relação a faz sentir-se menorizada, incapaz, impotente. Ora, nas religiões somos chamados a amar-nos uns aos outros como uma mãe ama um filho mas a irmos aos poucos deixando esses elementos que procuramos nas relações, esse feedback, essas pequenas compensações. Porque a grande compensação é mesmo a capacidade de amar. Ser capaz de amar é ver com clareza o mundo. Ver os outros em verdade, na sua verdadeira condição humana, sem os julgar, olhá-los com bondade e generosidade. E fazer activamente parte das suas vidas. É essa a proposta das religiões. É algo que acredito nos foi impresso dentro. Temos a inquietude que nos leva a procurar uma forma de lá chegar. E para algumas pessoas pode até nem ser através da religião. Um abraço, nuno.

novembro 02, 2005  
Blogger ana said...

q lindo nuno. abraço-te

novembro 02, 2005  
Anonymous Anónimo said...

a resposta à tua pergunta é: acho k sim! porque só sem medo se pode ter paz de espírito e não há maior expressão de ausência de medo que amar assim

novembro 02, 2005  
Anonymous Anónimo said...

jp, não tenho em mim a assertividade de conceitos que manifestas, mas a minha opinião, afirmativamente, é como segue:
não cometer actos k careçam de perdão é impossível;
as religiões são opções, um pouco à maneira de quem escolhe a língua na qual se quer expressar, ainda que as ideias sejam sempre fundamentalmente as mesmas;
e a fé é fonte de muita conversa, não só de padres, aliás, essencialmente de não-padres, ou não andamos aqui todos a discutir o que esses já não questionam?
espero k os nomes das coisas não te impeçam - e a toda a gente - de as sentir.

novembro 02, 2005  
Blogger Tiago Mendes said...

Eu confesso que tenho opiniões bastante díspares das aqui expressas, mas por uma questão de respeito acho preferível não as desenvolver, dada a sensibilidade do tema. Acho que sou demasiado (e cada vez) um caso típico de "antropologia pessimista". Sobretudo porque quanto mais vivo mais acredito na força da teoria da evolução em moldar *parte* (repito: parte) dos nossos comportamentos.

E, ao contrário de ti, querida Ana, não recordo com tanta saudade os tempos de menino/adolescente de grandes discussões à volta do tema da religião! Aquilo era batatada intelectual pesada, e sem grandes benefícios no final. Outros tempos. Uff.

novembro 02, 2005  
Blogger anarresti said...

A maior fonte de guerras é e será o território e a busca do poder necessário para reclamar esse território. Não ver isso é ser inocente...

novembro 03, 2005  
Blogger anarresti said...

As cruzadas tiveram a ver com isso. A Irlanda tem a ver com isso. É bastante claro. Não acredito na clássica explicação da motivação religiosa. Já ouviram com atenção um lider do Sinn Fein a falar? É a nacionalidade que está em questão. Nas cruzadas era uma questão de raça. Os mouros, os pagãos é que ocupavam a Terra Santa. Isso era uma afronta ao orgulho do Ocidente. Mais do que uma afronta ao Cristianismo. Em Jerusálem, na altura as três religiões monoteístas viviam em paz, perfeitamente. As guerra têm a ver [a esmagadora maioria delas] com o território. Abro uma excepção, recente, com este terrorismo horroroso da Al Qaeda [que por ser terrorismo não se pode chamar guerra] que não tem nada a ver com território. Tem a ver com outra coisa. Bin Laden quer que a sua organização seja a força predominante do Islão. E infelizmente uma parte do Ocidente está a ajudá-lo imenso. É a excepção que encontro. Um abraço, Nuno.

novembro 03, 2005  
Blogger ana said...

t.m. tu não te acanhes! gosto de perspectivas diferentes, vá!

jp... eu não acho que a fé seja conversa de padres, mas que foi apropriada pelos padres... fé é uma palavra um bocado forte, que me lembra acreditar com tudo o que somos em alguma coisa. podemos ter fé em pessoas, em relações, em conceitos. não tem que ser em deus.

a ana vicente uma vez usou a palavra "absoluto" de uma forma que me fez pensar que esse "absoluto" era definido pela fé que tinhamos nele, e pela entrega que daí advém

tv o mais importante de qq religião seja dar-nos fé em alguma coisa, dar-nos esse tal absoluto...

novembro 04, 2005  
Blogger ana said...

bom jp, o facto de dizeres que retiras a palavra, deu-me vontade de que fales sobre ela!...

novembro 04, 2005  
Blogger anarresti said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

novembro 04, 2005  
Blogger anarresti said...

É verdade que "as religiões tem sempre servido como manipulação negativa... e hoje ainda mais." Mas o que fazer? A tentação é muito grande. É que a religião mexe muito com as pessoas. Embora eu não tenha uma visão demasiado condescendente e simplista nem pense que as pessoas são cordeiros pertencentes a rebanhos acéfalos, acho que pela religião facilmente se pode influenciar as massas. Por isso a tentação de manipular as pessoas por essa via sempre foi muito grande e sempre será. E sempre haverá quem tente [e quem consiga, infelizmente] manipular. Educação, esclarecimento e tolerância. São as armas com que podemos combater a perfídia de quem abusa da credulidade alheia. Um abraço, nuno.

novembro 04, 2005  
Blogger ana said...

eheheh,temos concórdia!
mas o jp, não me respondestes, que merda é esta? ;-b

novembro 04, 2005  
Blogger ana said...

hum... ok. cá te espero.

novembro 08, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Por favor, apague este comentário do seu blog: Lechat said...
Por favor, retire minhas fotos de seu blog. A modelo não autoriza a publicação por outras pessoas. Fui obrigado a retirar todas as minhas fotos do ar, inclusive do site olhares por conta desta publicação, em seu site. Entendo a homenagem e fico grato por ela. Mas, não podemos publicar fotos sem autorizações. Grato. Espero poder contar com sua colaboração! Guilherme Lechat.

Maio 19, 2006

janeiro 24, 2012  

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