é bem triste pensar, de facto, que um país luta por isso. que a presença de uma fábrica dessas num país pode significar evolução económica para o país e para as pessoas.
Da mesma maneira que as nossas fábricas de carros... esperemos que não seja Portugal o próximo país a negociar o fabrico de armas.
Esta puta desta sociedade capitalista fez os seus filhos da puta, como tão bem apontas no título do teu post.
mais à frente na notícia: "a intenção da Glock é ter uma fábrica de onde possa exportar para todos os países latino-americanos, africanos e asiáticos, uma vez que a legislação europeia a impede de vender armas produzidas na Áustria a países com conflitos."
Lembro-me do post no [extinto] Barnabé asssim que foi anunciada a prisão do Sadam Hussein. Era uma foto de um sorridente Rumsfeld a apertar a mão ao ditador iraquiano uns 12 anos antes. Os mesmo políticos que discursam contra os genocídios são os que se recusam a assinar tratados que os comprometem a não usar minas anti-pessoais. As mesmas empresas que fazem dinheiro a vender as minas são as que lucram porque têm a tecnologia de desminagem. E os países que têm uma postura puritana fabricam e vendem armas a gregos e troianos. E depois colhem os louros de negociar as tréguas. O mundo é complexo. Se fores a fazer uma lista, tens de chamar filhos da puta a muitos. Mas é bom saber que algumas coisas são como são. Porque a política não tem que ser cínica e filha da puta. E nem toda é. Para algo completemente diferente... Lembro-me de o o irmão do Paulo Portas, na qualidade de deputado europeu ter ido a Israel visitar colunatos, juntamente com outros deputados europeus. Isto há uns dois anos. E de falar de algo fantástico. O exército israelita permite aos seus soldados que se recusem a servir nos territórios ocupados. Isto por uma espécie de objecção de consciência. Se se declararem contra a ocupação são colocados noutro sítio. Não conheço outro exército do mundo onde um soldado possa dizer "eu cumpro as ordens todas menos essa que vai contra os meus princípios". O mundo é complexo. Mas estamos muito melhor que há 50 anos. Melhor que há 100. Que há 500. Isso não me satisfaz. Mas não me sinto derrotado. Lado a lado convive a barbárie e a esperança.
6 Comments:
é bem triste pensar, de facto, que um país luta por isso. que a presença de uma fábrica dessas num país pode significar evolução económica para o país e para as pessoas.
Da mesma maneira que as nossas fábricas de carros... esperemos que não seja Portugal o próximo país a negociar o fabrico de armas.
Esta puta desta sociedade capitalista fez os seus filhos da puta, como tão bem apontas no título do teu post.
puta que os pariu, sim senhora!!!!!!!
mais à frente na notícia:
"a intenção da Glock é ter uma fábrica de onde possa exportar para todos os países latino-americanos, africanos e asiáticos, uma vez que a legislação europeia a impede de vender armas produzidas na Áustria a países com conflitos."
Será que eles puseram isto num press-release?
puta que pariu a Glock!
puta que pariu os governos venezuelanos e brasileiros!
há outras formas de matar a fome. viva o comercio justo (mas não de armas)
virei cassete de esquerda, bem sei, mas a palavra "armas" tira-me do sério
Lembro-me do post no [extinto] Barnabé asssim que foi anunciada a prisão do Sadam Hussein. Era uma foto de um sorridente Rumsfeld a apertar a mão ao ditador iraquiano uns 12 anos antes. Os mesmo políticos que discursam contra os genocídios são os que se recusam a assinar tratados que os comprometem a não usar minas anti-pessoais. As mesmas empresas que fazem dinheiro a vender as minas são as que lucram porque têm a tecnologia de desminagem. E os países que têm uma postura puritana fabricam e vendem armas a gregos e troianos. E depois colhem os louros de negociar as tréguas. O mundo é complexo. Se fores a fazer uma lista, tens de chamar filhos da puta a muitos. Mas é bom saber que algumas coisas são como são. Porque a política não tem que ser cínica e filha da puta. E nem toda é. Para algo completemente diferente... Lembro-me de o o irmão do Paulo Portas, na qualidade de deputado europeu ter ido a Israel visitar colunatos, juntamente com outros deputados europeus. Isto há uns dois anos. E de falar de algo fantástico. O exército israelita permite aos seus soldados que se recusem a servir nos territórios ocupados. Isto por uma espécie de objecção de consciência. Se se declararem contra a ocupação são colocados noutro sítio. Não conheço outro exército do mundo onde um soldado possa dizer "eu cumpro as ordens todas menos essa que vai contra os meus princípios". O mundo é complexo. Mas estamos muito melhor que há 50 anos. Melhor que há 100. Que há 500. Isso não me satisfaz. Mas não me sinto derrotado. Lado a lado convive a barbárie e a esperança.
este post faz tremer.
não sabia isso sobre israel! acho muito interessante.
lado a lado, exactamente, mas às vezes é dificil ver a esperança. mas é o unico caminho.
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