Uma outra resposta possível, já que aparentemente não consigo evitar:
Esquadros (1992) Adriana Calcanhotto
Eu ando pelo mundo prestando atenção Em cores que eu não sei o nome Cores de Almodóvar Cores de Frida Kahlo, cores Passeio pelo escuro Eu presto muita atenção no que meu irmão ouve E como uma segunda pele, um calo, uma casca Uma cápsula protetora Eu quero chegar antes Pra sinalizar o estar de cada coisa Filtrar seus graus Eu ando pelo mundo divertindo gente Chorando ao telefone E vendo doer a fome dos meninos que têm fome Pela janela do quarto Pela janela do carro Pela tela, pela janela (Quem é ela? Quem é ela?) Eu vejo tudo enquadrado Remoto controle Eu ando pelo mundo E os automóveis correm para quê? As crianças correm para onde Transito entre dois lados, de um lado Eu gosto de opostos Expondo meu modo, me mostro Eu canto para quem? Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê? Minha alegria meu cansaço? Meu amor, cadê você? Eu acordei Não tem ninguém ao lado
ah! esta eu conheço! gosto muito da letra (apesar de ter demasiadas referências pro meu gosto), mas não pra mim faz um clique no fim. parece uma alegre de quem está muito viva, mas no fim muito só. humpf!
não, não é assim tão fácil a resposta, ana vicente, tens que me convencer melhor! (se aceitares o desafio, claro está) é dificil de perceber como é que há tanta gente que se sente sozinha no mundo. das duas uma: ou as pesoas não conseguem ver que não estão sozinhas, porque como tu dizes podem pertencer a todo lado, pq em qq lado podem encontrar alguém com quem criar "laços", ou as pessoas estão sozinhas e não conseguem mudar a situação, pq estão demasiadamente presas a alguma situaçao q não consigo perceber pq nunca vivi.
ai, tou a ficar macambuzia, não respondas pra não te dar pro mesmo.
acho que se calhar levei a tua pergunta maior demasiado à letra. Ou então não lhe dei uma interpretação muito pesada. Ou então foi porque não achei assim tão mau uma pessoa sentir-se sozinha.
Mas depois do teu comment, pensei melhor e, de facto, não ter laços é mau, é muito grave.
E os laços começam inevitavelmente na família, parece-me. Por isso, acho que não tenho resposta para a tua pergunta. Se calhar, as pessoas sós (sós mesmo e não no sentido mais positivo que estava a atribuir) vêm de lado nenhum, vêm do vazio, da ausência de laços. E vão para nenhures, para o vazio.
Oh Deus, tinhas razão... isto dá para o macanbúzio.
De qualquer modo, solidão também é necessária. Mas não sem laços. Só podemos estar sozinhos bem se tivermos laços.
(by the way, houve uma pergunta que te fiz em http://naperon.blogspot.com/2005/07/srie-sim-srie-no.html#comments que não sei se viste e agora com esta diferença acho que finalmente percebi porque é que não te tinha percebido ali)
ana vicente, eu avisei-te! ;-b "Só podemos estar sozinhos bem se tivermos laços. " e, noutra perspectiva, só conseguimos estar realmente bem nos laços se pudermos estar sozinhos...
quer queiramos quer não, estamos sozinhos no mundo. Podemos ter todos os amigos do mundo, ter a maior familia que existe, mas no final só podemos contar connosco! Se precisas de um ombro, podes nesse momento não consegui-lo (murphy rulez!), se keres carinho, o namorado/a pode não conseguir estar presente, etc. Assim que tomas consciencia que realmente só dependes de ti, e que os "outros" só te podem ajudar a aliviar, as coisas tornan-se mais faceis e finalmente vês que afinal não estás sozinha. No meio espirita, existe uma regra, "só se pode ajudar quem quer ser ajudado, mas cada um tem de fazer o seu trabalho". i.e. - podes dizer as pessoas que devem fazer isto ou aquilo, que devem tar alegres ou infelizes, mil e uma coisas, mas no final, é sempre a pessoa a ter o fazer e decidir.
concordo com tudo o que disseste C.M. (leia-se "ci" "éme", as tuas iniciais, coração de manteiga, em inglês, pro estilo, bem visto!). há um nivel ao qual estamos sempre sozinhos, mas depois há um nível onde podemos estar com os outros. e a solidão de que falava é de quando os outros não podem estar presentes mesmo a esse nível, ou porque não existem ou porque não os conseguimos chamar.
No livro que te disse (ainda estou a ler) ontem deparei-me com o seguinte: "O preço da catexia é a dor. Se alguém estiver determinado a não sentir dor, terá de passar sem muitas coisas: ter filhos, casar-se, o êxtase do sexo, a esperança da ambição, a amizade - tudo que torna a vida viva, preenchida e com significado. Tome iniciativas ou desenvolva-se em qualquer dimensão e a dor, assim como a alegria, serão a sua recompensa. Uma vida preenchida será cheia de dor. Mas a única alternativa é não viver completamente ou em viver."
A explicação do homem continua... e continua... mas axo q sito é o principal. E gostei do C.M.
11 Comments:
Essa é fácil!
De todo o lado vêm. A todo o lado pertencem.
Uma outra resposta possível, já que aparentemente não consigo evitar:
Esquadros (1992)
Adriana Calcanhotto
Eu ando pelo mundo prestando atenção
Em cores que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo, cores
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção no que meu irmão ouve
E como uma segunda pele, um calo, uma casca
Uma cápsula protetora
Eu quero chegar antes
Pra sinalizar o estar de cada coisa
Filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome dos meninos que têm fome
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(Quem é ela? Quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle
Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm para quê?
As crianças correm para onde
Transito entre dois lados, de um lado
Eu gosto de opostos
Expondo meu modo, me mostro
Eu canto para quem?
Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
Minha alegria meu cansaço?
Meu amor, cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado
ah! esta eu conheço!
gosto muito da letra (apesar de ter demasiadas referências pro meu gosto), mas não pra mim faz um clique no fim. parece uma alegre de quem está muito viva, mas no fim muito só. humpf!
não, não é assim tão fácil a resposta, ana vicente, tens que me convencer melhor! (se aceitares o desafio, claro está)
é dificil de perceber como é que há tanta gente que se sente sozinha no mundo.
das duas uma: ou as pesoas não conseguem ver que não estão sozinhas, porque como tu dizes podem pertencer a todo lado, pq em qq lado podem encontrar alguém com quem criar "laços", ou as pessoas estão sozinhas e não conseguem mudar a situação, pq estão demasiadamente presas a alguma situaçao q não consigo perceber pq nunca vivi.
ai, tou a ficar macambuzia, não respondas pra não te dar pro mesmo.
"O caminho menos percorrido"
M. Scott Peck
Colecção Outro Olhar
Ed: Sinais de Fogo
Tem lá respostas a essas e muitas outras perguntas... tb tem a resposta pq eu sou "Dr. Coração de manteiga"
acho que se calhar levei a tua pergunta maior demasiado à letra. Ou então não lhe dei uma interpretação muito pesada. Ou então foi porque não achei assim tão mau uma pessoa sentir-se sozinha.
Mas depois do teu comment, pensei melhor e, de facto, não ter laços é mau, é muito grave.
E os laços começam inevitavelmente na família, parece-me. Por isso, acho que não tenho resposta para a tua pergunta. Se calhar, as pessoas sós (sós mesmo e não no sentido mais positivo que estava a atribuir) vêm de lado nenhum, vêm do vazio, da ausência de laços. E vão para nenhures, para o vazio.
Oh Deus, tinhas razão... isto dá para o macanbúzio.
De qualquer modo, solidão também é necessária. Mas não sem laços. Só podemos estar sozinhos bem se tivermos laços.
(by the way, houve uma pergunta que te fiz em http://naperon.blogspot.com/2005/07/srie-sim-srie-no.html#comments que não sei se viste e agora com esta diferença acho que finalmente percebi porque é que não te tinha percebido ali)
obrigada pela sugestão coração de manteiga!
ana vicente, eu avisei-te! ;-b
"Só podemos estar sozinhos bem se tivermos laços. " e, noutra perspectiva, só conseguimos estar realmente bem nos laços se pudermos estar sozinhos...
esta puta da ponderação!
não tinha visto o comment... já te respondi lá...
quer queiramos quer não, estamos sozinhos no mundo. Podemos ter todos os amigos do mundo, ter a maior familia que existe, mas no final só podemos contar connosco! Se precisas de um ombro, podes nesse momento não consegui-lo (murphy rulez!), se keres carinho, o namorado/a pode não conseguir estar presente, etc. Assim que tomas consciencia que realmente só dependes de ti, e que os "outros" só te podem ajudar a aliviar, as coisas tornan-se mais faceis e finalmente vês que afinal não estás sozinha. No meio espirita, existe uma regra, "só se pode ajudar quem quer ser ajudado, mas cada um tem de fazer o seu trabalho". i.e. - podes dizer as pessoas que devem fazer isto ou aquilo, que devem tar alegres ou infelizes, mil e uma coisas, mas no final, é sempre a pessoa a ter o fazer e decidir.
concordo com tudo o que disseste C.M. (leia-se "ci" "éme", as tuas iniciais, coração de manteiga, em inglês, pro estilo, bem visto!).
há um nivel ao qual estamos sempre sozinhos, mas depois há um nível onde podemos estar com os outros. e a solidão de que falava é de quando os outros não podem estar presentes mesmo a esse nível, ou porque não existem ou porque não os conseguimos chamar.
No final estamos sozinhos... pq queremos. ;)
No livro que te disse (ainda estou a ler) ontem deparei-me com o seguinte: "O preço da catexia é a dor. Se alguém estiver determinado a não sentir dor, terá de passar sem muitas coisas: ter filhos, casar-se, o êxtase do sexo, a esperança da ambição, a amizade - tudo que torna a vida viva, preenchida e com significado. Tome iniciativas ou desenvolva-se em qualquer dimensão e a dor, assim como a alegria, serão a sua recompensa. Uma vida preenchida será cheia de dor. Mas a única alternativa é não viver completamente ou em viver."
A explicação do homem continua... e continua... mas axo q sito é o principal. E gostei do C.M.
"OLá, eu o M. O Dr. C.M." (Tanto ponto)
talvez tenhas razão.
talvez seja o medo da dor que nos leva à solidão
mas a intensidade com que sentimos o medo nem sempre depende de nós.
ou sim,
"o que fizemos do que fizeram de nós" vergilio ferreira
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