sexta-feira, setembro 23, 2005

as horas

“Vivemos as nossas vidas, fazemos seja o que for que fazemos e depois dormimos: é tão simples e tão normal quanto isso. (...) a imensa maioria é lentamente devorada por alguma doença ou, com muita sorte, pelo próprio tempo. Há apenas uma consolação: uma hora aqui ou ali em que as nossas vidas parecem, contra todas as possibilidades e expectativas, abrir-se de repente e dar-nos tudo quanto jamais imaginamos, embora todos, excepto as crianças (e talvez até elas), saibamos que a estas horas se seguirão inevitavelmente outras, muito mais negras e mais difíceis. (...) Mesmo assim adoramos a manhã, mesmo assim desejamos, acima de tudo, mais.
(...)
Aqui está ela com outra hora à sua frente.”

As Horas, Michael Cunningham

3 Comments:

Blogger anarresti said...

Já tive momentos assim a teu lado. Horas assim. Livro belíssimo. Um abraço, nuno.

setembro 23, 2005  
Blogger anarresti said...

Adenda: horas em que tudo se nos é oferecido, em que o mundo parece uma imensa dádiva com o nosso nome escrito. Era a aessa horas a que me referia.

setembro 23, 2005  
Blogger ana said...

bem vindo nuno querido amigo!
sim, algumas destas horas foram em buarcos...
PS manda-me um mergulho na figueira se fores lá antes de mim!

setembro 23, 2005  

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