Eu li num livro que o grande mal da humanidade é a preguiça. Eu vou um pouco mais longe, e digo que além da preguiça, é tb o medo. Não estou a dizer que não deviamos ter medo, mas sim que não deviamos deixar ser dominados por ele. Qual dos dois o pior? Digam vocês.
Bem... quando não se sabe ajudar é melhor estar quieto. Por vezes o voluntarismo é um outro problema a juntar aos problemas que já existem. Mas sim, a omissão tembém é má. Claro. Não estou a fazer jogos semânticos, nem a tentar fugir à questão. Estarmos desatento, a fingir que não é connosco, que não estamos envolvidos é fazer parte do problema, claro.
Todos os maniqueísmos são perigosos. Este não é excepção. Aquilo que não se faz muitas vezes é tão ou mais importante do que aquilo que se faz. E não somos máquinas de perfeição binária. Antes pelo contrário. E porque é que ser parte do problema há-de ser um mal? Muitas vezes é de dentro do problema que vem a solução. E nem sequer tem que haver só uma solução. E aquela que é apresentada como a solução até pode vir a tornar-se pior do que o problema. Acontece muitas vezes. E a democracia talvez não seja mais do que o conflito de soluções. O que já é um problema só por si. Talvez a maior omissão seja ignorar o problema na ilusão de que se tem a solução. :)
11 Comments:
...acreditas mesmo?
Ler a isto a uma segunda feira de manhã é muito mau para perceber... "Explica como se eu fosse muito burro."
jmnk, o meu problema é a omissão, simplificando muito bem simplificadinho. o meu pecado é a preguiça, etc etc.
claro que há outros, mas dos outros até gosto.
tb gosto dos pecados merecidos... ehehe,
omissões tb fazem falta; não pode ser tudo às claras. já o outro dizia que era tão bom ter um livro para ler e não fazer...dolce fare niente
Eu li num livro que o grande mal da humanidade é a preguiça. Eu vou um pouco mais longe, e digo que além da preguiça, é tb o medo. Não estou a dizer que não deviamos ter medo, mas sim que não deviamos deixar ser dominados por ele. Qual dos dois o pior? Digam vocês.
A parte da omissão não percebi muito bem, mas sinto que ando há uma vida a tentar separar o problema da solução.
vou sempre à procura da solução no próprio problema.
Bem... quando não se sabe ajudar é melhor estar quieto. Por vezes o voluntarismo é um outro problema a juntar aos problemas que já existem. Mas sim, a omissão tembém é má. Claro. Não estou a fazer jogos semânticos, nem a tentar fugir à questão. Estarmos desatento, a fingir que não é connosco, que não estamos envolvidos é fazer parte do problema, claro.
Todos os maniqueísmos são perigosos. Este não é excepção. Aquilo que não se faz muitas vezes é tão ou mais importante do que aquilo que se faz. E não somos máquinas de perfeição binária. Antes pelo contrário. E porque é que ser parte do problema há-de ser um mal? Muitas vezes é de dentro do problema que vem a solução. E nem sequer tem que haver só uma solução. E aquela que é apresentada como a solução até pode vir a tornar-se pior do que o problema. Acontece muitas vezes. E a democracia talvez não seja mais do que o conflito de soluções. O que já é um problema só por si. Talvez a maior omissão seja ignorar o problema na ilusão de que se tem a solução.
:)
"vou sempre à procura da solução no próprio problema." (Ana Vicente)
Então mas uma wittgensteiniana já devia saber que os problemas não se resolvem, dissolvem-se.
:)
Ai, credo, até me assustei com essa do "wittgensteiniana". Já me chamaram muitas coisas, mas isso é a primeira.
Deus me livre e guarde dessa desfaçatez. Chegar ao pé dos meus paizinhos e dizer: "mãe, pai, sou wittgensteiniana". Coitadinhos...
meus queridos, quem não se omite são vocês, e que bom que é!
jmnk, não acho que os silêncios sejam omissões, por vezes são a coisa mais activa que podemos fazer.
dr coração, preguiça e medo para mim estão bem pertinho.
jctp concordo com isso dos maniqueismos serem perigosos. mas isto chama-se "noves fora", ou seja é apenas uma simplificação, não é a história toda.
velutha, concordo. mas não podemos omitir da nossa capacidade de discernimento.
ana vicente, compreendo perfeitamente isso de andar a tentar separar o problema da solução. subscrevo. e agora? ai!
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