segunda-feira, setembro 05, 2005

dilema do prisioneiro

se os estados unidos não andassem preocupados na corrida ao armamento, forçando todos os outros a andarem também eles preocupados com a corrida ao armamento (ou na luta contra o terrorismo),
talvez tivesse havido mais dinheiro para fazer aquelas operações de manutenção que teriam impedido o colapso dos diques de new orleans

quando vamos aprender (estados e pessoas) a criar acordos que nos permitam deixar de investir em corridinhas a ver quem tem mais disto ou daquilo, e passamos de facto em investir naquilo que de facto nos pode salvar dos riscos que, naturalmente, corremos?

5 Comments:

Blogger ana vicente said...

Eu acho que tens razão. Obviamente que os EUA estão desmobilizados. Mas impressiona-me esse discurso perante a tragédia humana que está ali a acontecer.

Uma cidade deixou de existir. Fala-se em milhares de mortos. Os sobreviventes estão desesperados, esfomeados, enlouquecidos. A violência transborda. Há violações, saques e sabe-se lá mais o quê. Tudo isto na Nação mais poderosa do mundo. A resposta ao porquê até pode ser a que dás.

Mas porquê? no sentido mais intrínseco à condição humana. Porquê? Por que razão quem tem o poder de matar não tem o poder de salvar? Quem nos salva afinal do nosso próprio poder? Quem nos garante a paz? E, se virmos o quadro global, quantas injustiças teremos mais de passar para acordarmos? Quantas vítimas serão necessárias? Porque é assim que evoluímos, através da crise. E, crise atrás de crise, quando vamos acordar? Quantos mais terão de cair?

Não sei se é um plano de Deus ou pura ironia da vida, mas sei que isto é tudo consequência da condição humana e do nosso desregrado modo de vida.

(exemplo irónico: Bush pediu aos americanos para moderarem substancialmente o consumo de gasolina)

setembro 05, 2005  
Blogger ana said...

acho que sim, pedro, que é isso mesmo. o problema das competiçõezitas tolas à volta de quem manda mais em quem.
é também a gestão do medo. tu compras armas e metes-me medo. eu tenho que comprar mais armas que tu para te meter medo a ti, e depois ficamos todos sem dinheiro para fazer obras de manutenção a diques

sim, ana vicente, perante isto ficamos com a sensação que nada nos garante nada, a menos que tenhamos uma conta no banco.

sim, é irónico que ele peça isso agora aos americanos, quando tantos anos teve para o fazer. e é claro que não fala sobre a ligação entre a intensidade destes fenómenos e a sua (falta de) ligação ao protocolo de quioto.

setembro 06, 2005  
Blogger ana said...

benfica pedro? não sabia. buf

setembro 06, 2005  
Blogger T. M. said...

Aprender a "cooperar" todos podemos. Aliás, o desarmamento pós guerra fria é disso exemplo. O problema surge quando algum dos estados rompe o acordo, e temos que nos lembrar das consequeências que isso pode ter. A única forma, mas que está algo desacrteditada, é dar maior ênfase à ONU.

setembro 06, 2005  
Blogger ana said...

pois. acho que cooperar é o verbo em falta.
sim, acho que talvez a única maneira seja reforçar as onus que existem no mundo

mas como podemos nós, individualmente, fazê-lo?

setembro 06, 2005  

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