terça-feira, fevereiro 07, 2006

ainda que não seja católica, de vez em quando entro em igrejas. gosto de me sentar a saborear o silêncio que as igrejas costumam ter. foi com esta "mania" que descobri que, quer acredite ou não em deus, para mim faz sentido haver espaços sagrados, espaços reservados, espaços onde as pessoas não invadam o silêncio com o à vontade de quem está num sítio banal. detesto que as pessoas não respeitem essa minha necessidade de silêncio, ali, num sitio feito para isso.

se não existirem espaços sagrados, onde posso encontrar o silêncio?




será que existe, para nós, o sagrado?
será que é importante que exista o sagrado?
algo sagrado, algo que não é colocado na mesma cesta do que é profano, do que é operacional, banal?

será que há coisas perante as quais fazemos vénia antes de falarmos, perante as quais nos gostamos de sentir o mais limpas possíveis?

coisas que tocamos com reverência?

tenho a "mania" de gostar das descontinuidades, da diferenciação. chamar de sagrado é dizer "tu és diferente e do melhor que conheço, desvio-me um pouco do curso normal daquilo que faço e paro e olho-te e fico".

4 Comments:

Blogger ana vicente said...

Belo post!

o teu sagrado, que bem entendo, tem qualquer coisa de veneração.

quem nunca venerou, que atire a primeira pedra.

fevereiro 07, 2006  
Blogger ana said...

sim, tem qualquer coisa de veneração, tens razão.


e agora surge outra questão, para venerarmos temos que achar que estamos perante algo "superior".

há certas músicas que me são quase sagradas, pela beleza. não me são superiores, porque eu sou mais eu, e sou uma pessoa e elas são uma musica, mas está ali algo do elemento "beleza" que me faz parar.

fevereiro 07, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Quem me define veneração?

fevereiro 07, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Very nice site!
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agosto 09, 2006  

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