rei leão e seu filho (atenção, pode ferir susceptibilidades)
jantar, restaurante fino, família reunida.
pai leão, 90kg de massa, (meu irmão F) sente uma perturbação no ar, sente uns movimentos estranhos. levanta-se e espreita por debaixo das toalhas das mesas. volta a sentar-se. seu filho (meu sobrinho, 5 anos) pergunta-lhe, ansioso:
- pai, que é que se passa?
- nada filho - responde pai leão, zeloso de sua cria e família, sempre à coca (desde novito que é assim, este meu irmão, que, à cerca de 20 anos atrás, expulsou ladrões à paulada com a indiferença sonolenta de sua família, defendendo o lar comum)
de repente levanta-se e a passos rápidos, como se de uma chita se tratasse, corre e lança-se para cima da presa:
- quiiiicccckkkk - grita a presa, um belo ratito que andava passeando, desejoso de jantar junto aos humanos presentes na sala, morrendo subitamente, esmigalhado, podemos dizê-lo, quiicckk, o canto do cisne.
volta à mesa, envergonhado por não ter resistido ao seu espirito de caçador, por não ter sabido gerir os seus instintos, por ter causado tamanho barulho, movimento e destroços, mesmo em frente ao filho, a quem devia dar o bom exemplo.
nisto, olha para o seu filho, que saiu da mesa, e correu para seu colo a abraçá-lo:
- és fantástico pai!
entre o orgulho de si mesmo, belo caçador, e o espanto do orgulho do filho e a preocupação de ter transmitido o gene assassino, pai leão senta-se e continua a comer seu foi gras.
pai leão, 90kg de massa, (meu irmão F) sente uma perturbação no ar, sente uns movimentos estranhos. levanta-se e espreita por debaixo das toalhas das mesas. volta a sentar-se. seu filho (meu sobrinho, 5 anos) pergunta-lhe, ansioso:
- pai, que é que se passa?
- nada filho - responde pai leão, zeloso de sua cria e família, sempre à coca (desde novito que é assim, este meu irmão, que, à cerca de 20 anos atrás, expulsou ladrões à paulada com a indiferença sonolenta de sua família, defendendo o lar comum)
de repente levanta-se e a passos rápidos, como se de uma chita se tratasse, corre e lança-se para cima da presa:
- quiiiicccckkkk - grita a presa, um belo ratito que andava passeando, desejoso de jantar junto aos humanos presentes na sala, morrendo subitamente, esmigalhado, podemos dizê-lo, quiicckk, o canto do cisne.
volta à mesa, envergonhado por não ter resistido ao seu espirito de caçador, por não ter sabido gerir os seus instintos, por ter causado tamanho barulho, movimento e destroços, mesmo em frente ao filho, a quem devia dar o bom exemplo.
nisto, olha para o seu filho, que saiu da mesa, e correu para seu colo a abraçá-lo:
- és fantástico pai!
entre o orgulho de si mesmo, belo caçador, e o espanto do orgulho do filho e a preocupação de ter transmitido o gene assassino, pai leão senta-se e continua a comer seu foi gras.
5 Comments:
gosto disso.
eu também já fui assassina de ratos e compadeço-me com todos o que tiverem esse instinto.
muito boa história!
e continuou a comer? num restaurante com ratos? e ninguém protestou com o gerente?
~continuou a comer, e comeu bem, e no fim teve um desconto do caraças. foi, basicamente, subornado para não pedir o livro de reclamações. era um problema qq com uma porta que estava aberta por causa das obras.
acho que a comida era boa, tempero especial...
Epá gosto desse progenitor, 5 estrelas ao instinto de caçador. Eu imaginei logo um indiana jones e tal, pronto um bocadito mais corpulento ;-)
aqui em casa o indiana jones de serviço monta cavalos selvagens mas tem medo de ratitos...portanto restaurantes jolies é melhor ficar longe...rodeos e tal pode ser!!!
ehehe, o meu irmão é um autêntico progenitor-caçador. recolector tb, no que diz respeito aos meus cds (quem me manda a mim ter tão bom gosto musical ;-b)
o teu indiana é que as sabe! nunca nos devemos meter com quem nos pode morder o calcanhar de aquiles!
rodeos? eh pá! (cof cof cof)
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