sexta-feira, fevereiro 17, 2006

a curiosidade matou o gato!*

" (...) e nesse momento pensei em June: andaria ela a vaguear sozinha, viveria solitária? Não é de crer. E se eu quisesse nesse momento saber onde ela estava, o que estava a fazer, tudo isso? O que nisto há de mais horrível não é o facto de nos preocuparmos, é tão somente o de querermos saber. E quando sabemos dos factos não nos damos por satisfeitos. Queremos conhecer também os pensamentos, as atitudes, os desejos e as aspirações. Queremos saber aquilo que ela própria não sabe perfeitamente."

henry miller, cartas a anaïs nin





* o meu (Nhiau, meu gatinho carente, que saudades!) foi mais com o veneno dos vizinhos da minha mãe... humpf! foste curioso com prato alheio, Nhiauzinho?

6 Comments:

Blogger ana vicente said...

há quem nos torne obsessivos de facto... devia ser o caso da june.
a minha pergunta nisto tudo é, porém, por que raio o henry teve necessidade de partilhar isso com a anais?

fevereiro 17, 2006  
Blogger ana said...

eheheh, boa pergunta.

na altura eles eram só amigos, que raio! para além do mais, daquilo que entendi do que li dos diários dela, eles falavam muito sobre a June, era mais um ponto de união que de separação.

esta june é que devia ter deixado umas cenas escritas, raio da moça!

fevereiro 17, 2006  
Anonymous Anónimo said...

concerteza, a avaliar pelos escritos de ambos, andava mais ocupada a fazer o que eles próprios gostariam de conseguir - viver! - que a escrever sobre o que gostaria de...blá, blá, bládiblá!
escolheu bem, catano!

fevereiro 17, 2006  
Blogger ana said...

pois, por isso é que devia ter deixado algo escrito, para nos explicar como se vive de facto em vez de andar a escrever (eheheh)

fevereiro 17, 2006  
Blogger Eduardo da Fonseca Joaquim said...

Eh pá, ganda "trip", a do teu gato. Sim senhor, overdose com veneno é muito à frente!

fevereiro 20, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Não se é possível saber até que ponto a obsessão de Miller por June podia chegar. Fico apenas imaginando em que estado de espírito Miller afundou após o rompimento com a mulher. Amava-a de todo o coração, suportara e aceitara toda sorte de absurdos advindos de June, e quando o rompimento enfim se deu, abrupto e fugaz, Miller o suporta, sobrevive acima de todas as dores que se lhe pudessem invadir o coração e a alma.

julho 15, 2006  

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