sábado, julho 30, 2005
sexta-feira, julho 29, 2005
vergonha!
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1229385&idCanal=21
quinta-feira, julho 28, 2005
parabéns ao mundo
"O Exército Republicano Irlandês (IRA) deu hoje ordens aos seus membros para que abandonem a luta armada a partir das 04h00 (mesma hora em Lisboa), anunciou a organização em comunicado.A declaração do IRA insta os seus seguidores a prosseguirem por meios legais e políticos o objectivo da reunificação da Irlanda e o fim da autoridade britânica sobre a Irlanda do Norte" (publico)
paradoxo da escolha
"But life without constraints has also proved a recipe for endless searching, endless questioning of aspirations.
It has made this generation obsessed withself-development and determined, for as long as possible, to minimise personal commitments in order to maximise the options open to them.
One might see this as a sign of extended adolescence.
Eventually, they will beforced to realise that living is as much about closing possibilities as itis about creating them."
The Financial Times Limited
(todo o texto no comment abaixo)FAQ - 3
A publicidade irrita-me. Não que não goste de alguma (como não rir do anúncio do cão afónico?), mas não entendo como é que é possível que cada vez tenha que comer mais publicidade sem me conseguir proteger nem haver uma contrapartida.
A publicidade é supostamente um mecanismo de informação que aumenta a nossa capacidade de escolhermos os nossos satisfactores. pessoalmente não sinto que me informe
da mesma forma que o número de outdoors com "publicidade política" aumentou, sem haver o mínimo de informação que permita perceber o que os candidatos nos "oferecem"... ´
quarta-feira, julho 27, 2005
e pra lisboa não vai nada nada nada???
a propósito da discussão sobre os outdoors para as autárticas, aqui ficam os meus" wanasee"s, aquilo que de facto me informaria em relação aos objectivos dos candidatos:
- têm previsto no vosso plano a intervenção da CML para, negociando com o Ministério do Ambiente e com os municípios a montante, termos acesso a um rio despoluído, com uma água com qualidade "blanear"? Como nos esquecemos de que antes o rio era mergulhável? parece que perdemos o directo de o pedir de volta! a qualidade de vida dos lisboetas aumentava IMENSO se o rio estivesse despoluido, ah, e os gastos em combustível diminuiam (com repercussão no médio oriente ;-) )
- têm previsto uma regulação da construção de novos focos habitacionais? até tenho um lema: mais bairros não! reconstrução!
- têm previsto o aumento da frequência dos transportes públicos (nem que seja com trambolhos comprados na alemanha) e do horário dos mesmos?
segunda-feira, julho 25, 2005
Mais waking life
There are two kinds of sufferers in this world: those who suffer from a lack of life, and those who suffer from an over-abundance of life.
I have always found myself in the second category.
When you come to think of it, almost all human behavior and activity is not, essentially, any different from animal behavior.
The most advanced technologies and craftsmanship bring us, at best, up to the super-chimpanzee level.
Actually, the gap between, say, Plato or Nietzsche, and the average human is greater than the gap between that chimpanzee and the average human.
The realm of the real spirit, the true artist, the saint, the philosopher, is rarely achieved.
Why so few?
Why is world history and evolution not stories of progress, rather this endless and futile addition of zeros?
No greater values have developed.
Hell, the Greeks 3,000 years ago were just as advanced as we are.
So what are these barriers that keep people from reaching anywhere near their real potential.
The answer to that can be found in another question, and that's this:
which is the most universal human characteristic: fear or laziness?
poupança de energia: sinergia-política
Temos um mundo bipolarizado em termos de consumo em que muitos tem muito mais do que o que necessitam, e vivem parcialmente atordoados com isso, e temos um mundo em que não há a satisfação das necessidades básicas.
Temos parte do mundo super-dependente do petróleo,
vivemos num país em que a balança comercial oscila abruptamente com o aumento do preço do barril de petróleo,
temos a ocupação do Iraque, temos os movimentos terroristas supostamente alimentados pelo dinheiro do petróleo e pela humilhação desta ocupação.
Temos um aumento da seca aqui, um aumento dos desastres naturais ali, tudo associado às emissões do efeito de estufa.
Precisamos urgentemente de mudar de postura. Tudo é muito muito simples, e pode ser iniciado a cada momento: só temos que reduzir as necessidades para passar bem.
Reduzir a nossa necessidade de energia, apagando a luz ou andando de transportes públicos, é melhorar o mundo, de várias maneiras. É um satisfactor sinergético.
recolhas de um fim de semana...
1. filme aaltra
para quem gosta de humor negro
2. a peça "os guardas do museu de badgad"
http://lazer.publico.clix.pt/artigo.asp?id=134131
sobre a ocupação do Iraque, sobre a nossa opção pela paz ou pela guerra, pelo que fazemos ou não podemos fazer. sobre a política. uma peça política, assumidamente. que vale a pena ver, porque nos dá vontade de agir!
3. há alturas em que me sinto tonta e fico sem reacção. sou muito tímida apesar de não parecer. há alturas em que não estamos à espera de encontrar pessoas fora do formato em que estamos habituadas.
sexta-feira, julho 22, 2005
no MST de hoje, no público de hoje
terça-feira, julho 19, 2005
Terrorismo muçulmano -
THOMAS L. FRIEDMAN, 15 Julho 2005, NYT
"
Europe is not a melting pot and has never adequately integrated its Muslim minorities, who (...) often find themselves "cut off from their country, language and culture of origin" without being assimilated into Europe, making them easy prey for peddlers of a new jihadist identity.
Also at work is Sunni Islam's struggle with modernity. Islam has a long tradition of tolerating other religions, but only on the basis of the supremacy of Islam, not equality with Islam. Islam's self-identity is that it is the authentic and ideal expression of monotheism. Muslims are raised with the view that Islam is God 3.0, Christianity is God 2.0, Judaism is God 1.0, and Hinduism is God 0.0.
Part of what seems to be going on with these young Muslim males is that they are, on the one hand, tempted by Western society, and ashamed of being tempted.
On the other hand, they are humiliated by Western society because while Sunni Islamic civilization is supposed to be superior, its decision to ban the reform and reinterpretation of Islam since the 12th century has choked the spirit of innovation out of Muslim lands, and left the Islamic world less powerful, less economically developed, less technically advanced than God 2.0, 1.0 and 0.0.
"Some of these young Muslim men are tempted by a civilization they consider morally inferior, and they are humiliated by the fact that, while having been taught their faith is supreme, other civilizations seem to be doing much better," said Raymond Stock, the Cairo-based biographer and translator of Naguib Mahfouz. "When the inner conflict becomes too great, some are turned by recruiters to seek the sick prestige of 'martyrdom' by fighting the allegedly unjust occupation of Muslim lands and the 'decadence' in our own." "
FAQ - 2
"According to Max Neef (1995) goods and services can be classified in terms of their potential as satisfiers. Satisfiers represent different forms of being, having, doing and interacting, which contribute to the ‘actualisation’ of these deprivations or potentials
Max Neef distinguishes 5 different kinds of satisfiers:
- destroyers or violators, which fail to satisfy the need towards which they are directed;
- pseudo-satisfiers, that generate a false sense of need satisfaction;
- inhibiting satisfiers, which satisfy one need to which they are directed but tend to inhibit the satisfaction of other needs;
- singular satisfiers which manage to satisfy a single category of need without affecting satisfaction elsewhere;
- synergistic satisfiers which manage simultaneously to satisfy several different kinds of needs."
segunda-feira, julho 18, 2005
FAQ - 1
Será que a sociedade de consumo,
à custa de publicitar que tudo o que precisamos está no shopping mais próximo,
reduz os níveis de curiosidade sobre o que nos rodeia?
Governo lança concurso internacional para 1700 MW de eólica
continuem!
"Portugal assumiu o objectivo de ter 39 por cento da energia eléctrica de origem renovável em 2020."
vou torcendo
quinta-feira, julho 14, 2005
no arquivo do blog http://forestglade.blogs.sapo.pt ...
"Toutes choses sont dites déjà ; mais comme personne n'écoute, il faut toujours recommencer. (André Gide)"
obrigada Gide, obrigada j.c.t.p. !
trecho do filme "waking life"
vou transcrever o meu trecho favorito do filme, e gostava muito que me dessem o vosso feedback...
"The reason why I refuse to take existentialism as just another French fasion, or historical curiosity, is that I think it has something very important to offer us for the new century.
I'm afraid we're losing the real virtues of living life passionately, in the sense of taking responsibility for who you are, the ability to make something of yourself and feeling good about life.
Existentialism is often discussed as if it's a philosophy of dispair, but I think the truth is just the opposite.
Sartre [an existentialist philosopher] once interviewed said he never really felt a day of dispair in his life.
The one thing that comes out from reading these guys is not a sense of anguish about life, so much as a real kind of exuberance, of feeling on top of it.
It's like, your life is yours to create.
I've read the post-modernists with some interest, even admiration.
But, when I read them I always have this awful, nagging feeling like something absolutely essential is being left out.
The more that you talk about a person as a social construction, or as a confluence of forces, or as fragmented or marginalized, what you do is you open up a whole new world of excuses.
When Sartre talks about responsibility, he's not talking about something abstract.
He's not talking about the kind of self or soul that theologians would argue about.
It's something very concrete;
It's you and me talking, making decisions, doing things and taking the consequences."
terça-feira, julho 12, 2005
negociar
escrevi o verbo lá em cima como título deste post e não sei bem por onde quero começar
negociar é dos verbos mais difíceis de aprender
negociar no sentido de ser capaz de haver coisas que podemos e queremos trocar por outras que nos são mais valiosas
negociar com os amigos, negociar a nível económico, negociar em termos políticos, negociar conosco mesmos
se pensarmos no sentido mais lato não há acto que façamos que não estejamos a negociar. estou aqui sentada no sítio onde trabalho, trocando a minha ida à praia por uma maior autonomia económica.
estou aqui a blogar trocando tempo de trabalho por um momento de "reflexão"
há coisas que se negoceiam e há coisas que não se negoceiam, e cada pessoa define as suas fronteiras
os ataques terroristas tem posto em cima da mesa o verbo "negociar". num caso muito específico: se queremos que os ataques terroristas sejam evitados temos que negociar parte da nossa liberdade. podemos negociar isso?
talvez seja verdade que para que os ataques terroristas sejam evitados nós tenhamos que negociar. mas há que esclarecer que o que está em cima da mesa não é uma alternativa única.
podemos optar por termos a nossa liberdade reduzida, ou podemos tentar perceber que outras coisas podemos perder que não a nossa liberdade. por exemplo, podemos abdicar do consumo de certos recursos que estão indirectamente ou directamente na origem destes movimentos terroristas? podemos abdicar a riqueza que provém da venda de armas?
o que está na origem de tudo isto? o que pode estar em cima da mesa? o que estamos dispostos a abdicar? sejam claros conosco!
segunda-feira, julho 11, 2005
o trabalho
ditos sobre o trabalho:
o trabalho dignifica (não sei quem o disse)
o trabalho liberta (credo, sim, nas portas de auschwitz)
o homem não foi feito para trabalhar mas sim para criar (agostinho da silva)
"não há tarefas gloriosas, umas menos outras mais, todas elas são formosas, o amor as torna iguais" (avô)
será que a espécie humana conseguiria viver sem trabalhar?
será que cada um de nós seria capaz de viver sem trabalhar?
eu tenho a certeza que muitas das horas que a humanidade como um todo passa a trabalhar no mínimo não servem para a melhoria do bem estar social, e no máximo, até prejudica (segundo a classificação de max-neef muitas horas de trabalho têm como produtos pseudo-satisfactores e mesmo inibidores da satisfação das necessidades humanas)
eu consigo ter muito prazer a trabalhar mas também consigo ter muito pouco.
eu acho que muita da falta de produtividade portuguesa tem a ver com não ver para que pode servir tanto trabalho, quando no fundo no fundo o que é bom é a simplicidade da areia e do mar
eu sonho com um mundo onde só haja necessidade de um minimozinhoito de trabalho-trabalho, e que as pessoas possam ter a liberdade de desenvolver o seu trabalho-criativo e, de ,sim, como não, passarem muito tempo a terem muito prazer entre mergulhos no mar e conversas na areia, ou mergulhos na areia e conversas no mar
quinta-feira, julho 07, 2005
helena almeida
foto de helena almeida
titulo: "eu estou aqui"
Gosto da foto, gosto do titulo, gosto da maior parte do trabalho da helena almeida.
apeteceu-me iniciar isto de por imagens no blog com uma fotografia tirada por ela.
um auto-retrato.
pq este? é triste e ao mesmo tempo irónico.
"eu estou aqui" e um cumprimento com a saia.
e a sala dela sempre vazia para ela se explorar nela.
londres, por volta das 12
sei que vou ficar farta de ler todos os jornais a aproveitarem mais um tema até à ultima, todos os telejornais a passarem 23000 vezes as mesmas imagens
e se for um ataque da al qaeda eu vou sentir-me realmente impotente, e vou pensar que a única coisa que posso fazer é reduzir o meu consumo de combustível fossil, para que não hajam tanto interesse naquela zona (iraque,...)
e se for um ataque do IRA, aí vou sentir-me só impotente e resignada
...um dia gostava mesmo de ser mosca e saber mesmo a verdade por detrás de todas estas coisas que acontecem neste mundo
no início era o verbo
o que quer dizer isto de "no inicio era o verbo"?
em 12 anos de educação católica que tive nunca ninguém me explicou isto, talvez porque nunca tenha perguntar vezes suficientes
independentemente de acreditar na origem divina daquele documento- o que me parece estranho é que, se existe deus, se ele foi o criador, então tudo tem origem divina - o interesse é que aquela frase está num documento que é basilar em 3 culturas (por acaso não sei se os muçulmanos ligam muito ao antigo-testamento, mas pelo menos 2 culturas ligam)!
e o que é que o escritor daquela frase quis dizer? será que foi bem traduzida?
(é espantosa a quantidade de palavras que existem numas linguas e não existem noutras - dá-me para pensar que se calhar ou há conceitos que não existem em diferentes culturas, OU ENTÃO, há imensos vazios de expressão, e daí a arte, o que também não está mal, como alguém me disse o stravinsky dizia qq coisa como que o fundamental da arte é a forma como o artista lida com os limites da mesma)
voltando ao início, e no início era o verbo...
os verbo são aquelas palavras que nos indicam a acção, mas qual é O VERBO? será o verbo amar(lá estou eu com as lamechices), ou era simplesmente o potencial para que todos os verbos pudessem surgir?