quarta-feira, agosto 31, 2005
segunda-feira, agosto 29, 2005
e no final...
ando com o cérebro a uma velocidade nunca antes experimentada
funciono bem sobre pressão.
faltam 3 dias para acabar isto, isto a minha tese
e no final desses 3 dias, não direi:
"e no final dos sete dias descansou"
mas sim
"e no final dos três dias arrumou a cozinha"
sexta-feira, agosto 26, 2005
no publico de hoje - palavras para quê?
a redução da pobreza extrema para metade nos próximos 20 anos;
o combate à sida;
o acesso global à educação.
Em concreto, o embaixador [ John Bolton] quer eliminar o compromisso (já assumido pela União Europeia) de aumento para 0,7 por cento do produto interno bruto das contribuições dos países ricos para a ajuda ao desenvolvimento.
nostalgia antes do tempo
o algarve para outubro
(ok, não sou muito dada a maranhal)
quinta-feira, agosto 25, 2005
pra doris
escreve-se pensa-se volta-se a calcular, volta-se a escrever, volta-se a ler.
as coisas são feitas e refeitas e vão ficando buriladas como se esculpissemos em pedra
mesmo as ideias "novas" só nascem depois de se ter estudado muito e por vezes precisam de algum tempo de maturação num qualquer recanto do cérebro a que só temos acesso quando acedemos a silêncio interno.
sexta-feira, agosto 19, 2005
estou a ler e a gostar: "the rebel sell", Joseph Heath and Andrew Potter
(...)
What we need to see is that consumption is not about conformity, it’s about distinction. People consume in order to set themselves apart from others. To show that they are cooler (Nike shoes), better connected (the latest nightclub), better informed (single-malt Scotch), morally superior (Guatemalan handcrafts), or just plain richer (bmws).
(...)
It doesn’t matter how much people spend on these things, what matters is the competitive structure of the consumption. Once too many people get on the bandwagon, it forces the early adopters to get off, in order to preserve their distinction. This is what generates the cycles of obsolescence and waste that we condemn as “consumerism.”
(...)
society-wide solution to the problem of consumerism is not going to occur through personal or cultural politics. At this stage of late consumerism, our best bet is legislative action.
Of course, tweaking the tax code is not quite as exciting as dropping a “meme bomb” into the world of advertising or heading off to the latest riot in all that cool mec gear. It may, however, prove to be a lot more useful. What we need to realize is that consumerism is not an ideology. It is not something that people get tricked into. Consumerism is something that we actively do to one another, and that we will continue to do as long as we have no incentive to stop. Rather than just posturing, we should start thinking a bit more carefully about how we’re going to provide those incentives.
terça-feira, agosto 16, 2005
memória selectiva - 3
memória selectiva - 1
pena não me lembrar de quase nada.
sexta-feira, agosto 12, 2005
os famosos 3
a minha irmã diz que fica a ver, do outro lado da rua, envergonhada, com medo que alguém pense que ela os está a explorar, versão tuga dos filhos dos romenos que encontramos na rua,
mas sem conseguir ter qualquer argumento contra o facto dos miudos quererem fazer um guito com a sua "arte"
isto dá-me uma vontade enorme de rir. conhecendo-os como conheço imagino-os a interpelar as pessoas, com uma lata incrível, e a dizerem-lhes que lhe fica bem o colar x ou a pulseira y.
e a minha irmã, do outro lado da rua, a tentar disfarçar o riso
imagino até a minha querida sobrinha mais velha, que saiu à tia que por sua vez saiu à sua avó peixeira, abrir a bocarra e gritar orgulhosa "olh'ó psichisbeque freeeeessssquinho!"
ah?
que me apresentou aos led zeppelin,
aos pixies,
aos cocteau twins,
que me apresentou aos "fumícios",
que me apresentou ao gin tónico,
que me pintou um quadro onde eu apareço rodeada de flores altas,
que desenhava na sua própria roupa,
que se considera "maidé"
... quando lhe disse que ia ter com ele à porta da empresa onde trabalha respondeu-me:
"vê lá como vens vestida, não venhas armada em hippie"
aquém
ontem estive a falar com uma colega minha de curso sobre o que as pessoas da nossa turma estavam a fazer em termos profissionais, e como se sentiam em relação a isso
a sensação com que ficámos foi que toda a gente estava a desempenhar tarefas curriqueiras tendo em conta a formação que tinhamos tido
tivemos 5 anos ou mais num curso universitário relativamente exigente, e agora sentimos que, venha de lá o cliché, poucas das coisas que aprendemos têm de facto lugar para ser aplicadas
o problema é, mais uma vez, falta de possibilidade de escolha.
há quem se queira chatear pouco com o trabalho, mas há também quem queira sentir o trabalho como uma fonte de realização - a tal realização profissional
tenho a sensação, e corrijam-me se estiver errada, que em Portugal há pouco mercado de trabalho para a criatividade, para a mais valia, seja em que área for.
muitos estagiários passam por aquilo que já passei: desejos de inovar resfriados por quem diz "não vale a pena".
passamos muito tempo a trabalhar, e o trabalho é rotineiro.
e é claro que uma vida assim não leva nenhum povo a caminhar feliz e contente nas ruas!
há muita muita coisa para fazer em Portugal, desde coisas relativamente simples, a coisas mais complexas e estimulantes.
muitas das pessoas têm vocação e desejo para fazerem mais mais do que mais do mesmo.
vou jogar hoje. e se ganhar invisto nuns quantos talentos grandes que por aí andam sub-aproveitados!
quinta-feira, agosto 11, 2005
misoginia - horror às mulheres
ie, as mulheres têm horror ao resto das mulheres?
as mulheres acham que os homens são superiores às mulheres?
as mulheres não gostam muito de outras mulheres?
as mulheres são mais críticas com outras mulheres do que com os homens?
se sim, porquê?
porque (quando hetero) competem pelo mesmo?
se assim é, porque é que os homens não têm o mesmo tipo de relação entre eles?
as mulheres lésbicas têm um tipo de interacção diferente?
porque são a classe dominada e os membros de uma classe dominada têm tendência para se maltratar mutuamente (como existe racismo dentro de certas classes que sofrem de racismo)?
como mudar isto, se é que isto existe?
quarta-feira, agosto 10, 2005
preconceitos - 3
People are either charming or tedious"
terça-feira, agosto 09, 2005
fora do mercado - 3
que possa trocar tempo por dinheiro ou dinheiro por tempo,
da mesma forma que pode trocar dinheiro por outros bens
que não tenha trabalhar ou zero ou oito horas diárias, mas um número aí no meio.
quero que haja espaço para cada um por os seus "talentos a render", que seja ouvido, que lhe seja dado oportunidade de ser criativo no que faz.
que sinta que não é apenas um objecto a quem é dada uma tarefa automática.
quero que haja flexibilidade para toda a gente experimentar diferentes coisas, sem aquele receio de vir a ficar desempregado
quero que cada pessoa tenha tempo para ter hobbies para além de andar nas compras ao fim de semana com toda a família, ou enfiar-se numa qualquer sala onde o entretêm.
quero que as pessoas tenham tempo para desenvolver uma vida própria, com qualidade, e que não cheguem ao fim da vida sem perceberem para que é que isto serviu.
fora do mercado - 2
Casa no campo
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras
Pastando solenes no meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
E um filho de cuca legal
Eu plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais
segunda-feira, agosto 08, 2005
fora do mercado -1
quero deus,
quero a poesia,
quero o verdadeiro perigo,
quero a liberdade,
quero a bondade,
quero o pecado!"
aldous huxley
sábado, agosto 06, 2005
colisão - crash
"We must develop and maintain the capacity to forgive.
He who is devoid of the power to forgive is devoid of the power to love.
There is some good in the worst of us and some evil in the best of us.
When we discover this, we are less prone to hate our enemies. "
Martin Luther King, Jr.
sexta-feira, agosto 05, 2005
lili
lili (4 anos) (mão à frente da cara, sorriso tímido) - porque sou vaidosa!
ana (27 anos) (riso alarve e orgulhoso! pensa: temos gaja! daqui a uns anos dou-te um livro de oscar wilde, para não perderes a fibra)
fernanda (68 anos, mãe de ana, avó de lili) (olhar crítico para a ana, afinal a educação católica da falsa modéstia ficou pelo caminho)
baú
fui buscar esta música ao fundo do meu baú interno, por causa desta e desta conversas e também porque queria dizer-te que esta era a que o roger me dedicava lá de dentro do vinil q o meu irmão tinha comprado:
"and if i show you my dark side
will you still hold me tonight
and if i open my heart to you
and show you my weak side
what would you do
would you sell your story to rolling stone
would you take the children away
and leave me alone
and smile in reassurance
as you whisper down the phone
would you send me packing
or would you take me home?
thought i oughta bare my naked feelings
thought i oughta tear the curtain down
i held the blade in trembling hands
prepared to make it but
just then the phone rang
i never had the nerve to make the final cut"
pink floyd
quinta-feira, agosto 04, 2005
perguntas maiores - 1
All the lonely people, where do they all belong?"
quarta-feira, agosto 03, 2005
todos os posts de amor são ridículos...
Every color would be black and white
It would be as flat as the world before Columbus
That's the day that I lose half my sight
preconceitos - 2
para mim o mistério são os saquinhos.
metade ou mais da população feminina (pelo menos aquela que frequenta os mesmos transportes que eu) acima de determinada idade (por acaso acho que deve ser acima da minha idade) anda sempre com um saquinho, usualmente de papel, usualmente de uma loja conhecida, com qualquer coisa lá dentro.
eu que gostaria imenso de reduzir as minhas necessidades de transporte ao volume que cabe nos bolsos, que nem sempre tenho, fico pasmada com o fenómeno "saquinho".
o que é que as mulheres precisam de carregar que não caiba nas malas usuais, ou que natureza tem as coisas que vão naqueles saquinhos que não se podem misturar com o resto?
não seria melhor comprarem, definitivamente, uma mala maior com vários separadores em vez de andarem com duas coisas: uma mala e um saquinho?
será que o saquinho é uma desculpa para ocuparem ainda mais as mãos?
terça-feira, agosto 02, 2005
ternura
para mim é quase o sentimento supremo, mais que o amor, mais que a paixão
a ternura é algo quase imediato, impossível de controlar, algo que é a expressão de algo que está muito enraizado há muito tempo
a ternura é subtil, quase não se vê, mas sente-se como um perfume muito suave
a ternura abraça ambos: o emissor e o receptor
talvez a ternura seja uma coisa terrívelmente narcisica: temos ternura por algo que nos faz lembrar algo que tem a ver connosco, mas sinceramente, tou tão convencida de toda a base egoísta por detrás de todos os sentimenos, que acho que é irrelevante, como seria irrelevante começar o boletim meteorológico a dizer: ceu-base por detrás de qualquer expressão meteorológica é azul
ontem vi, meu deus, como só ontem?, o filme "à procura da terra do nunca". nunca liguei muito ao peter pan, nunca me comoveu a história do homem que não quer crescer.
mas também nunca me tinham contado a história por detrás da história (se bem que não sei se é aquela é a história verdadeira)
chorei que nem uma perdida. para quem me conhece isto não é surpresa. não só porque tenho uma apetência natural para me comover com as coisas mais tolas e nos momentos menos apropriados (dando origem ao meu modo favorito: gargalhadas lacrimejadas ou lagrimas embebidas em gargalhadas), mas também porque lida com alguns temas que me são muito próximos: a infância (tenho 8 sobrinhos) e a orfandade (não directamente, felizmente).
e acabo o post como comecei... a ternura. o valor de um abraço protector e desinteressado. desejo-vos a todos muitos muitos momentos de ternura por aí por onde quer que andem.
segunda-feira, agosto 01, 2005
fútil, profundo e essencial
o que é fútil? o que é essencial?
existem profundidades fúteis?
quando falei do meu preconceito em relação a não me sentir atraída por pessoas fúteis fi-lo com um certo sentido de humor, porque me considero fútil qb para isso me causar auto-incomodo.
e talvez o que pudesse dizer, sendo honesta, é que encontrar pessoas com esse defeito me coloca perante aquelas partes incómodas do meu espelho
talvez seja uma fútil desassossegada, talvez viva entre as duas sensações opostas de que tenho todo o tempo do mundo e uma outra de que todo tempo é curto.
sou uma procrastinadora ansiosa
ansiosa por sabes escrever a tal "lista" de coisas que não me posso abster de fazer com a vida (bolas, seria tão "fácil" acreditar que essa lista é apenas uma lista pre-estabelecida de mandamentos ou de "arvore, livro, filho") e ansiosa por me ver a assumir a lista com todos os meus músculos e articulações