segunda-feira, fevereiro 27, 2006

oh meeeuuuu deuusss, ela estáaa a faaalllaaarrr de amooorrrr

o entretenimento não teria mal nenhum se tivéssemos todo o tempo do mundo
o entretenimento não teria mal nenhum se não tirasse o tempo para o amor

o amor não entretém, habita

este fim de semana descobri...

... que devido a fenómenos de aerodinâmica, nomeadamente a formação de camada limite aquando da passagem de um corpo sólido (neste caso o carro) através de um fluido (neste caso o ar), quando um carro anda a mais de uma certa velocidade a neve não chega a tocar-lhe.

assim, somos quase bombardeados de flocos que depois se desviam deixando-nos passar, e o carro fica sem neve, por isso todo este espectáculo, meio hipnotizador, pode ser testemunhado sem o funcionamento do limpa para brisas...

e vem-me à memória uma frase batida:


" O Binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo.
O que há é pouca gente para dar por isso.

óóóó — óóóóóóóóó — óóóóóóóóóóóóóóó (O vento lá fora.)"

Álvaro de Campos

os maus andavam a querer fazer-me acreditar que ele já estava nos 50, mas eu fui ver, e pra já sao só 46!

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

quando há crianças que muito antes de terem provado o mundo já sentem que nada têm a perder, então há algo de muito errado neste reino. a crueldade não é coisa de hoje, e há de ser "coisa" para sempre, mas somos muito mais susceptíveis a ela aderirmos quando sentimos que não importamos a quem quer que seja.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

"aço na forja dos dicionários, as palavras são feitas de aspereza: o primeiro vestígio da beleza é a colera dos versos necessários"

Carlos de Oliveira

terça-feira, fevereiro 21, 2006

ontem, na "porrada" com um sobrinho, hoje na "porrada" com outro

e eu olhei para ele e pensei "tu sabes ser cruel, tu sabes ser perverso, há momentos em que o que fazes é contra mim, explicitamente para me agredir e subjugar, para não te sentires o mais fraco dos dois", e ainda assim escolhi-o e permaneci com ele.

não porque quisesse ou fosse aceitar a porrada que para mim tinha, mas porque aceitei que a precisasse de dar. e porque acreditei que eu saberia conter aquela energia, absorvê-la, transformá-la, e ainda manter o meu amor vivo.

e que saberiamos ficar assim os dois, neste equilíbrio de forças, até ao dia em que pudesse amar-me por inteiro.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

repegando lá atrás....

"Luísa said...
concerteza, a avaliar pelos escritos de ambos, andava mais ocupada a fazer o que eles próprios gostariam de conseguir - viver! - que a escrever sobre o que gostaria de...blá, blá, bládiblá!escolheu bem, catano!
Fevereiro 17, 2006 "


sim, ai, mas...


e se a escrita da anaïs nin e do henry miller contribuiram mais para o prazer que podemos tirar do mundo, para a beleza dele, do que os passos, acções de june? terão eles vivido menos por escreverem mais?

qual a linha que divide o tempo vivido do tempo não vivido? o que poderá separar estes dois tempos de diferentes qualidades? qual a característica? será o número de pulsações por minuto? o número de palavras pensadas? o número de km andado? o número de feromonas libertado?= o número de endorfinas produzido? o número de livros lido? o número de amigos com que estávamos? o número de lágrimas que chorámos? o volume da gargalhada dada? o número de filmes visto?

há alguma dizer que A viveu mais que B? como sabemos nós o que dizemos quando dizemos "viver"?

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

o verdadeiro artista...

" (...) a ideia de que os psicólogos tinham mais razão que eu - é inelutável -, para o facto de serem muito poucos os padrões fundamentais em que se baseia o comportamento humano. Porque os problemas da vida eram muito limitados, infelizmente, e a função de um artista é incrementar esses problemas, abalar os cérebros, tornar as pessoas rebeldes e livres, fazendo com que haja mais drama nas suas vidas, com que haja mais janelas para se verem por dentro, mais brilho rubro nas viagens de comboio."

henry miller, cartas a anaïs nin

a curiosidade matou o gato!*

" (...) e nesse momento pensei em June: andaria ela a vaguear sozinha, viveria solitária? Não é de crer. E se eu quisesse nesse momento saber onde ela estava, o que estava a fazer, tudo isso? O que nisto há de mais horrível não é o facto de nos preocuparmos, é tão somente o de querermos saber. E quando sabemos dos factos não nos damos por satisfeitos. Queremos conhecer também os pensamentos, as atitudes, os desejos e as aspirações. Queremos saber aquilo que ela própria não sabe perfeitamente."

henry miller, cartas a anaïs nin





* o meu (Nhiau, meu gatinho carente, que saudades!) foi mais com o veneno dos vizinhos da minha mãe... humpf! foste curioso com prato alheio, Nhiauzinho?

receita para uma noite feliz

cidade estrangeira, ninguém com quem estar.
jantar sozinha, ao lado de um casal de namorados de uma "tribo" diferente.
ver como ele aprecia uma coisa, oferecida por ela, que tu (que estás ali sozinha) achas do mais parolo possível (um par de ursos de peluche branco abraçados e com coração vermelho... sim, ele gostou).
ver como isso e a cerveja em frente te comove (mesmo com os dentes pobres, o raio do rapaz era capaz de um sorriso que condensava toda a ternura do mundo).
sair, encaminhando-te depressa para a pousada. depressa porque não conheces os hábitos daquelas ruas ou os hábitos de quem as frequenta àquelas horas.
chegar ao quarto. não ligar o mp3. não pegar no livro que levaste contigo.
deixar apenas a cerveja marinar, e o silêncio marinar com ela.
deixar
deixar
deixar
ver o que sobe. ver o que vês à distância sobre o que deixaste aqui, onde agora estás perto.
sorrir, fazer balanços, fazer projectos, ordenar prioridades, telefonar a um amigo que está longe e ir do choro ao riso.
ficares consolada por a vida ser assim, este tumulto que se simplifica quando deixas, quando páras.
aconchegares-te abraçada a uma almofada com a saudade no peito. mesmo longe, e principalmente longe, a palavra ecoa, saudade... dade... dade... de...
por fim telefonares-lhe e dizeres-lhe isso, esse eco, para logo depois adormeceres instantaneamente.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

pessoas que viveram no tempo e sítio errado, ou pessoas que precisaram de existir para que o tempo "certo" existisse

Pessoas como a impopular Laura Brown das Horas (a fantástica Julianne Moore), que não sentiam aquilo que era suposto sentir, e não tinham nome, nem par, para o que sentiam.






Laura Brown: What does it mean to regret when you have no choice? It's what you can bear. And there it is... It was death. I chose life.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

reminiscências


"And I thank you for bringing me here
For showing me home
For singing these tears
Finally I’ve found that I belong
Feels like home
I should have known
From my first breath" (depeche, pois...)


será que é o facto de (ainda) não nos sentirmos em casa que nos faz explorar mundo?
será que os melhores dos pais e mães conseguem colmatar todoso os com espaços vazios por preencher? será que devem?
será que se fossemos todos mais auto-suficientes, a vida seria assim tão interessante?
será que é este o tempero principal: o equilíbrio entre termos para dar, sermos seguros disso, e o precisarmos de receber, e andarmos por aí feitos toupeiras?

boas escavadelas, bons encontros para vocês.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

rei leão e seu filho (atenção, pode ferir susceptibilidades)

jantar, restaurante fino, família reunida.

pai leão, 90kg de massa, (meu irmão F) sente uma perturbação no ar, sente uns movimentos estranhos. levanta-se e espreita por debaixo das toalhas das mesas. volta a sentar-se. seu filho (meu sobrinho, 5 anos) pergunta-lhe, ansioso:

- pai, que é que se passa?
- nada filho - responde pai leão, zeloso de sua cria e família, sempre à coca (desde novito que é assim, este meu irmão, que, à cerca de 20 anos atrás, expulsou ladrões à paulada com a indiferença sonolenta de sua família, defendendo o lar comum)

de repente levanta-se e a passos rápidos, como se de uma chita se tratasse, corre e lança-se para cima da presa:

- quiiiicccckkkk - grita a presa, um belo ratito que andava passeando, desejoso de jantar junto aos humanos presentes na sala, morrendo subitamente, esmigalhado, podemos dizê-lo, quiicckk, o canto do cisne.

volta à mesa, envergonhado por não ter resistido ao seu espirito de caçador, por não ter sabido gerir os seus instintos, por ter causado tamanho barulho, movimento e destroços, mesmo em frente ao filho, a quem devia dar o bom exemplo.

nisto, olha para o seu filho, que saiu da mesa, e correu para seu colo a abraçá-lo:

- és fantástico pai!

entre o orgulho de si mesmo, belo caçador, e o espanto do orgulho do filho e a preocupação de ter transmitido o gene assassino, pai leão senta-se e continua a comer seu foi gras.

""kingdom""

este é um post sobre várias coisas:
  • sobre ser hoje o concerto dos depeche, e como estou desejosa de os ver
  • sobre como os depeche são uma banda de letras com uma honestidade estonteante
  • sobre como aprendi a gostar de depeche muito tarde, e fiquei finalmente convertida pela sensualidade que eles sabem ter
  • sobre com tantas vezes sensualidade e religiosidade se misturam, senão vejamos (foi esta a música que me converteu, definitivamente, numa fã) (um grande bem hajam a todos aqueles que criam beleza e dão swing a esta vida. my life was saved by rock and roll):

"I feel you

Your sun it shines

I feel you

Within my mind

You take me there

You take me where

The kingdom comes

You take me to

And lead me through

Babylon

This is the morning of our love

It’s just the dawning of our love

I feel you

Your heart it sings

I feel you

The joy it brings

Where heaven waits

Those golden gates

And back again

You take me to

And lead me through

Oblivion

This is the morning of our love

It’s just the dawning of our love

I feel you

Your precious soul

And I am whole

I feel you

Your rising sun

My kingdom comes

I feel you

Each move you make

I feel you

Each breath you take

Where angels sing

And spread their wings

My love’s on high

You take me home

To glory’s throne

By and by

This is the morning of our love

It’s just the dawning of our love"

terça-feira, fevereiro 07, 2006

quase oração - 1

"(...)
Eu estou apaixonado por uma menina Terra,
signo de elemento Terra,
do mar se diz Terra à vista

Terra, para o pé firmeza
Terra, para a mão carícia
Outros astros lhe são guia
Terra, terra

Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria

Eu sou um leão de fogo
Sem ti me consumiria
A mim mesmo eternamente
E de nada valeria
Acontecer de eu ser gente
E gente é outra alegria
Diferente das estrelas

Terra, terra
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria

De onde nem tempo nem espaço
Que a força mande coragem
Pra gente te dar carinho
Durante toda a viagem
Que realizas no nada
Através do qual carregas
O nome da tua carne

Terra, terra
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria (...)"

Terra, Caetano Veloso
ainda que não seja católica, de vez em quando entro em igrejas. gosto de me sentar a saborear o silêncio que as igrejas costumam ter. foi com esta "mania" que descobri que, quer acredite ou não em deus, para mim faz sentido haver espaços sagrados, espaços reservados, espaços onde as pessoas não invadam o silêncio com o à vontade de quem está num sítio banal. detesto que as pessoas não respeitem essa minha necessidade de silêncio, ali, num sitio feito para isso.

se não existirem espaços sagrados, onde posso encontrar o silêncio?




será que existe, para nós, o sagrado?
será que é importante que exista o sagrado?
algo sagrado, algo que não é colocado na mesma cesta do que é profano, do que é operacional, banal?

será que há coisas perante as quais fazemos vénia antes de falarmos, perante as quais nos gostamos de sentir o mais limpas possíveis?

coisas que tocamos com reverência?

tenho a "mania" de gostar das descontinuidades, da diferenciação. chamar de sagrado é dizer "tu és diferente e do melhor que conheço, desvio-me um pouco do curso normal daquilo que faço e paro e olho-te e fico".

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

my life was shaved by rock and roll - 2

"Candy says
I hate the quiet places
That cause the smallest taste
Of what will be

Candy says
I hate the big decisions
That cause endless revisions
In my mind

I'm gonna watch the blue birds fly
Over my shoulder
I'm gonna watch them pass me by
Maybe when I'm older

What do you think I'd see
If I could walk away from me?"
the velvet underground

manias? eu não tenho manias!

incitada pelo jmnk, seguem-se 5 manias publicáveis:

i) tenho a mania que não tenho manias, que sou boa de se aturar, mas não sou;
ii) tenho a mania de que sou rock and roll, de que sou menina para quebrar os meus próprios pudores;
iii) tenho a mania de que não consigo pensar sem estar a escrever o que penso (não sei se é uma mania ou uma limitação);
iv) tenho a mania de que nenhuma das minhas amigas pode comprar roupas iguais às que comprei;
v) tenho a mania que quem gosta de café gosta dele sem açucar, e quem gosta de gin gosta é de bombay.

espero por: sandera, ana vicente (fritos?), nuno (devem ser todas doces), jctp (ehehe, aceitarás o desafio?) e luispedro (cria lá uma série "isto até parece um blog de gajas);

Imposto: "Cada bloguista participante tem de elencar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue."

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

expressões com legenda

"eh pá, eles não sabem é picar carreiras!"
M, meu mano do meio, revoltado com "eles"


picar carreiras é o desporto "nacional" praticado pelo meu pai, meus irmãos e mim (os meus sobrinhos estão em treinos) na praia de buarcos. conhecido como antecessor do surf não exige pranchas, apenas o corpo e quanto muito um fato-de-banho a tapar as vergonhas.
consiste em pegar a onda no momento da rebentação, mais coisa menos coisa, o que faz com que viajemos com a onda areia a dentro,rumo aos pés do pessoal que está a molhar os pés. ganha quem chegar mais longe.
desporto famoso por fazer com que o fato de banho/biquini fique cheio de areia por dentro e se estrague facilmente.
fixe pra caramba.

uau! mas que post tão interessante!

algumas das pessoas que conheço têm uma tensão qq à volta da palavra "interessante".
"interessante" é quase o objectivo maior, ou o maior elogio (eu cá é mais "ricaspernas" coisa que nunca se ninguém chegou à frente para me chamar, terá a ver com o meu 1m60?).

para mim é muito simples: desinteressante e aborrecido é para mim uma e a mesma coisa.
o resto é tesão ou falta dela... pela vida, note-se.

The way I see IT - 5

"Mon coeur s'ouvre à ta voix comme s'ouvrent les fleurs,
Au baiser de l'aurore !
Mais ô mon bien aimé, pour mieux sécher mes pleurs,
Que ta voix parle encore !
Dis-moi qu'à Dalila tu reviens pour jamais !
Redis à ma tendresse
Les serments d'autrefois, ces serments que j'aimais!

Ah! réponds, réponds à ma tendresse!
Verse-moi, verse-moi l'ivresse!
Réponds à ma tendresse, répond à ma tendresse,
Ah! verse-moi, verse-moi l'ivresse!

Ainsi qu'on voit des blés, les épis onduler,
Sous la brise légère.
Ainsi frémit mon coeur, prêt à se consoler,
A ta voix qui m'est chère!
La flèche est moins rapide à porter le trépas,
Que ne l'est ton amante
A voler dans tes bras, à voler dans tes bras!

Ah! réponds, réponds à ma tendresse!
Verse-moi, verse-moi l'ivresse!
Réponds à ma tendresse, répond à ma tendresse,
Ah! verse-moi, verse-moi l'ivresse!"

Mon coeur s'ouvre à ta voix,Samson et Dalila, Saint-Saens



(não percebo tudo o que aqui está, tenho que ser sincera, mas a voz da Callas a cantar isto é... )

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

o meu irmão F* mostrou-me hoje este poema

"Para vir a saborear tudo,
não queiras ter gosto em nada.
Para chegar a saber tudo,
não queiras saber algo em nada.
Para chegar a ser tudo,
não queiras ser algo em nada.

Para chegar ao que não gostas,
hás-de ir por onde não gostas.
Para chegar ao que não sabes,
hás de ir por onde não sabes.
Para chegar a possuir o que não possuis,
hás-de ir por onde não possuis.
Para chegar ao que não és.
hás de ir por onde não és.

Quando reparas em algo,
deixas de lançar-te ao todo.
Para chegar de todo a tudo,
hás-de afastar-te de todo em tudo.
E quando chegues de todo a ter,
hás-de tê-lo sem nada querer.
(...)"

São João da Cruz (isto era do tempo que ainda havia santos, lá para 1542, imaginem!)





* grande bem seja, meu santo irmão!

acção-reacção

ontem encontrei o meu diário de 92 a 93. consegui lembrar-me da cara de todos os rapazes de que falava (o vasco custou-me um bocado, mas era mesmo esse que me dava assim um frio enorme-enorme na barriga quando o via), reconheci já a minha letra (um bocadinho mais trapalhona na altura), espantei-me com tanto dramatismo, gostei de alguns dos poemas apaixonados que li, como se gosta das coisas que os mais novos escrevem e nos fazem sorrir.
quando tinha 14/15 anos e era uma espécie de hippie, vestia roupas largas e fazia os meus colares, e usava chapeus e tranças.
passei a noite a sonhar que mudava de vida e me tornava uma daquelas pessoas que passa a vida longe dos computadores, a fazer hippiezisses, e acordei com um enorme sorriso na cara. ainda estou.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Alice

se a Alice soubesse ler e gostasse de visitar blogs, gostava que ela hoje encontrasse aqui como gosto dela, como um valente sorriso me sacode quando penso nela, como me deixa de queixo caído com a forma dela ser, espontânea e livre, como me sinto tão tão tão feliz de ela ter aparecido na minha vida, como fico torcendo para que nunca nada nos separe nem apague, como penso nela com tanto tanto carinho que isto que há cá dentro onde se sente fica grande e quentinho e cheiioo de energia para ser mais vezes melhor para que ela cresça forte e seja sempre aquilo que hoje lhe reconheço.

A Alice não sabe ler, ainda, mas tem os olhos brilhantes de quem já lê entre as linhas, e aposto que me topa à distância.

A Alice faz hoje 5 anos, e embora seja ela quem vai ouvir "parabéns" sou eu que me sinto felizarda por ser tia dela, tia babada, fascinada, apaixonada, tia enriquecida, tia orgulhosa, tia que aposta nesta miuda que brinca comigo e me põe KO com tanta doçura e swing.