sexta-feira, setembro 23, 2005

espaço encerrado para férias durante as próximas 2 semanas
bem hajam
bem fiquem
Porque a vida é isto e a sua desculpa. A coisa intensa em que estou presente e me vejo imersa, a realidade concreta das pedras e do vidro. Esta fonte permanente de sensações e de opções, o tempo a passar no momento em que teclo.
Porque a vida são todas estas articulações a quererem mover, porque a vida é desenhar no vazio os tempos de espera e os tempos de actuação, porque a vida é ver as cores e sentir com isso, todas as imagens mentais, processos de construção, respirares mais ou menos intensos que elas originam.
Porque a vida são todos os cheiros todos os intensos movimentos, todas as texturas de todas as peles de todas as pessoas que por nós passam, porque a vida são as milhares de coisas atrás das coisas, são os milhares de fontes e de poços, que são também fontes de nós próprios para essas fontes. Porque neste momento eu poderia fazer inúmeras coisas comigo mesma, só pelo facto de estar viva. Podia descer à rua e falar com a primeira pessoa que estivessem parada à minha frente, podia despir-me e sentir o vento no peito, podia tocar-me e cantar ao mesmo tempo, podia escrever trinta mil cartas sobre coisas diferentes, podia telefonar a um qualquer número saído ao acaso das minhas mãos.
Porque há tantas opções e tanta energia dentro de nós para o fazer. Porque há sempre um qualquer sítio para fazermos um jeitinho da nossa graça.
Porque há ainda no mundo milhares e milhões de pessoas, m2, pensamentos que nos ficam por conhecer, que ainda não sabemos, com as quais podemos interactuar.
Porque há imensas coisas que temos cá dentro e não sabemos, porque nos podemos ver a sentir tantas coisas diferentes, ou, em tantas situações diferentes.
Porque podemos criar tanto, ir tão mais longe do que a copia nos leva, porque a criação é a prova de que estamos vivos dentro disto que os outros reconhecem como sendo nós.
Porque podemos fazer a diferença nas vidas dos outros em diferentes instantes, porque de repente alguém nos encontra e a sua imagem mental pode ser modificada por nossa causa, porque de repente esta mensagem rebenta nos teus olhos e tu descobres que é uma mensagem a dizer que me és querida e algo dentro de ti brilha, tb por isso me sabe bem estar aqui viva acordada e ter onde possa escrever para ti.

as horas

“Vivemos as nossas vidas, fazemos seja o que for que fazemos e depois dormimos: é tão simples e tão normal quanto isso. (...) a imensa maioria é lentamente devorada por alguma doença ou, com muita sorte, pelo próprio tempo. Há apenas uma consolação: uma hora aqui ou ali em que as nossas vidas parecem, contra todas as possibilidades e expectativas, abrir-se de repente e dar-nos tudo quanto jamais imaginamos, embora todos, excepto as crianças (e talvez até elas), saibamos que a estas horas se seguirão inevitavelmente outras, muito mais negras e mais difíceis. (...) Mesmo assim adoramos a manhã, mesmo assim desejamos, acima de tudo, mais.
(...)
Aqui está ela com outra hora à sua frente.”

As Horas, Michael Cunningham

quinta-feira, setembro 22, 2005

salas de fumo vs salas de mofo - 1

em resposta ao pedro esta foi a minha educação de esquerda:

"O Senhor age como um homem que, tendo de fazer longa viagem fora do seu país, chamou seus servidores e lhes entregou seus bens. Depois de dar cinco talentos a um; dois a outro e um a outro, segundo a sua capacidade, partiu imediatamente. Então, o que recebera cinco talentos foi-se, negociou com aquele dinheiro e ganhou outros cinco. O que recebera dois, da mesma sorte, ganhou outros dois; mas o que apenas recebera um, cavou na terra e aí escondeu o dinheiro de seu amo. Passado longo tempo, o senhor daqueles servos voltou e os chamou a. contas. Veio o que recebera cinco talentos e lhe apresentou outros cinco, dizendo. - Senhor, entregaste-me cinco talentos; aqui estão, além desses, mais cinco que lucrei. Respondeu-lhe o amo: - Bem está, servo bom e fiel, já que foste fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes. Entra no gozo de teu Senhor. O que recebera dois talentos, apresentou-se a seu turno e lhe disse: - Senhor, entregaste-me dois talentos; aqui estão, além desses, dois outros que ganhei. E o amo: - Servidor bom e fiel, pois que foste fiel em pouca coisa, confiar-te-ei muitas outras. Compartilha da alegria do teu senhor. Veio em seguida o que recebera apenas um talento e disse: - Senhor, sei que és severo, que ceifas onde não semeaste e colhes de onde nada puseste, por isso, como tive medo de ti, escondi o teu talento na terra; eis, aqui tens o que é teu. O homem, porém, lhe respondeu: - Servidor mau e preguiçoso, se sabias que ceifo onde não semeei e que colho onde nada pus, devias pôr o meu dinheiro nas mãos dos banqueiros, a fim de que, regressando, eu retirasse com juros o que me pertence. E prosseguiu: Tirem-lhe, pois, o talento que está com ele e dêem-no ao que tem dez talentos, porquanto, dar-se-á a todos os que já têm e esses ficarão cumulados de bens. Quanto àquele que nada tem, tirar-se-lhe-á mesmo o que pareça ter" ( Mateus, 25 :14 a 30 ).

(se estiver em brazileiro, descontem... era o que estava na net)

FAQ

que raio de educação é esta que me faz sentir culpada por ser uma privilegiada?

analogismos - 3

o ian thorpe está para a natação como a bossa-nova está para a música!

um grande bem haja aos seus pézinhos!

quarta-feira, setembro 21, 2005

o melhor poema do mundo

you are welcome to elsinore


Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício


Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição


Entre nós e as palavras, surdamente,
as mão e as paredes de Elsinore


E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmos só amor só solidão desfeita


Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar

Mário Cesariny de Vasconcelos

terça-feira, setembro 20, 2005

kitsch chique

esta aberta a época kitsch chique neste blog, o que quer dizer que todos os posts e comments podem ter toda e qualquer referência ou frase kitsch, a puxar ao parolo, a fazer lembrar paulo coelho, livros de auto-ajuda ou música de celine dion...

... soltemos a mente de preconceitos e vamos lá é dizer as coisas com a vontade e a forma que nos apetecer!

kofi annan meio cheio

tendo em conta que, para além dos riscos associados ao terrorismo, dinheiro para armamento é menos dinheiro para desenvolvimento, até quando isto?


"A lacuna mais grave é a ausência de uma decisão sobre a proliferação das armas nucleares, sem dúvida a ameaça mais alarmante que teremos de enfrentar num futuro imediato, dado o perigo de virem a cair nas mãos de terroristas. Certos Estados queriam dar prioridade absoluta à não proliferação, enquanto outros insistiam em que as acções destinadas a reforçar o Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares deviam incluir novas medidas de desarmamento. Assim, repetiu-se o fracasso da conferência realizada em Maio.
Trata-se, evidentemente, de um assunto demasiado importante para nos permitirmos falhar, devido à indecisão. Exorto todos os dirigentes, independentemente do campo a que pertencem, a darem provas de bom senso e a esforçarem-se por encontrar uma posição comum. Se isso não acontecer, esta cimeira pode vir a ser recordada apenas por não ter conseguido impedir o desmantelamento do regime de não proliferação e tudo o que agora se conseguiu de útil parecerá, então, efectivamente, muito pouco." Kofi Annan no publico de hoje

a mim hoje não me sai esta música da cabeça

"If time is my vessel, then learning to love

Might be my way back to sea"

Interpol

segunda-feira, setembro 19, 2005

mário

este foi aquele que me pintou um quadro cheio de flores altas e eu a sorrir no meio.

foi também quem me ofereceu num aniversário uma caixa com todas as fotos do meu passado que andavam espalhadas nas gavetas da casa dos meus pais

foi quem me mandou palavras e fotos dos 5 cantos do mundo enquanto andava no mar

é aquele que me chama anita bonita quando estou triste

e foi aquele que me explicou há muito tempo atrás que perdoar é voltar a gostar

para a Teresa

"Menino do Rio

Calor que provoca arrepio

Dragão tatuado no braço

Calção corpo aberto no espaço

Coração de eterno flerte

Adoro ver-te

Menino vadio

Tensão flutuante do Rio

Eu canto pra Deus proteger-te

(...)

O Havaí, seja aqui

Tudo o que sonhares

Todos os lugares

As ondas dos mares

Pois quando eu te vejo eu desejo o teu desejo"

Caetano Veloso

quinta-feira, setembro 15, 2005

nó maiúsculo


jovem rapariga com formação em ciências naturais, cérebro pré-formatado para o determinismo newtoniano e para a simplicidade dos integrais triplos em coordenadas esféricas, procura livro de receitas de fusão existencialista, psicanalítica, dinâmica, comportamental, zen, onde tudo o que aparece incluído no princípio de incerteza das emoções, seja explicado e passível de gestão saudável, de uma vez e para sempre, até que a morte as separe...

... oh então, apenas uma tela, umas tintas e tempo livre para pintar, repintar, resolver remoinhos internos e limpar os pinceis com terebentina até ao próximo ataque dos lobos, ou dos arqui inimigos, ou do que quer que seja.

e se alguém...

... lhe provoca uma irritação profunda, resistente a qualquer terapia, isso é:

a) incompetência do terapeuta;

b) sinal de que a personagem em causa é um super-herói de poderes algo peculiares;

c) sinal de que o irritado tem uma personalidade infantil, e que ainda não está preparado para o reino dos céus;

d) sinal de que o irritado não sabe mandar à merda no tempo certo, e engole sapos, pelo que há que desenvolver a capacidade confronto;

e) falta de uma imperial e um pratito de tremoços, pra retemperar os ânimos, mesmo que isso provoque um comportamento de Pavlov, e posterior crescimento da chamada "barriga sexy de cerveja".

banda sonora para um velha paranóia













"I keep the wolf from the door
But he calls me up
Calls me on the phone
Tells me all the ways that he's gonna mess me up
Steal all my children if I don't pay the ransom
And I'll never see them again if I squeal to the cops"
Radiohead

quarta-feira, setembro 14, 2005

erotismo e política

quando ouço o antónio costa (ministro da administração interna) falar, principalmente se for na rádio, fico completamente zonza, com um sorriso na cara, e não consigo perceber o que ele diz.

há pessoas que não deviam estar na política (ou então deviam arranjar alguém para ser voz off do antónio costa)

terça-feira, setembro 13, 2005

?

"Vê se não insistes muito em perguntar porquê ou para quê, se não queres ficar paralítico." Virgílio Ferreira

há perguntas em que vale a pena insistir? quais?


este post tem origem num comment do T.M. T.M. quando te desemigras? Portugal, os Portugueses e as Portuguesas precisam de ti!

segunda-feira, setembro 12, 2005

metafísica infantil - 1

e se um dia um dos meus sobrinhos me perguntasse... porque existimos?

Existimos pq Deus quis. Deus é como um menino a fazer bolas de sabão e a ver o que acontece a cada uma delas. Deus criou o livre arbítrio (isto é, tu poderes fazer aquilo que queres), e por isso tem curiosidade em saber o que vai acontecer com cada nova pessoa, cada um de nós, cada bola de sabão.

seria possível responder sem a metáfora do criador? como?

sexta-feira, setembro 09, 2005

e se um dia um dos meus sobrinhos me perguntasse...

e se um dia um dos meus sobrinhos me perguntasse...

(sim, com tantos, a idade dos porquês é sempre um risco iminente... há que ser pro-activa)

  • porque estamos vivos?
  • para que é que estamos vivos?
  • como se deve viver?
  • o que é o amor?

que responderia eu?

  • vai mas é chatear a tua mãe!

este post foi escrito com o alto patrocínio e gargalhada partilhada do viriato, grande bem sejas, meu long-life friend!

se a vossa vida fosse um quadro... qual destes?

quinta-feira, setembro 08, 2005

um dos mins

"Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo

Quero dizer
Agora o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo

Sobre o que é o amor
Sobre eu que nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor, lhe tenho horror
Lhe faço amor, eu sou um ator

É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
(...)
Vou desdizer
Aquilo tudo que eu lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"

Raul Seixas

eficácia - 1

há que distinguir entre aquilo que podemos fazer por certa pessoa
e aquilo que apenas nós podemos fazer por essa pessoa

(...
JV:ana, essa pessoa sou eu?
ana: sim! essa pessoa tb posso ser eu mm!
...)

quente e frio

acordei com uma telha do caraças
tendo noção da espiral de pensamentos que me esperava durante a viagem de metro, resolvi trazer mp3 comigo. já percebi o valor do entretenimento: desviar para canto pensamentos mais duros, até que haja paciência e força para os encarar de frente e de forma construtiva.

cheguei aqui, ao meu canto de trabalho, e fui ver o mail. quente: um mail de um amigo muito querido, mas que muito longe está.

depois resolvi abrir o publico. frio: metas para a redução da pobreza estão mais longe de ser atingidas

agora, depois deste tipo de terapia que me mostra que tudo é tão importante quanto o quisermos fazer, vou ao trabalho.

um bom, fértil, e carinhoso dia para vocês.

quarta-feira, setembro 07, 2005

auto-viagem


olhar para dentro e perceber
de tudo isto o que é que é meu, que mesmo que tenha vindo de fora, faz parte de mim, que se entranhou e não dá para romper o laço, querendo ou não?
e de tudo isto o que é poeira alheia que adsorvi mas não faz parte de mim, e cujas sugestões são apenas des-verdades, diversões?
e de tudo isto que é meu, quais as partes que me levam onde quero ir?
e como gerir as partes que sendo minhas me desajudam a ir para onde quero?

e, como saber onde de facto quero ir?

(foto de helena almeida, um grande bem haja por todas as imagens que me (nos) dá, e que se sentem para além das palavras, directamente no coração sem passar nem por formulações matemáticas, nem por ideias apalavradas)

homage à vicente

disponibilidade é uma palavra linda

terça-feira, setembro 06, 2005

Sei que não vou por aí! - ou um post potencialmente conservador

há tão pouco livre arbítrio em ser como os outros, como em querer ser o oposto dos outros

saber que não vou por aí, não é exactamente saber que vou na direcção oposta.
há 360 º de hipóteses. escolher a direcção 180º do outro, soa a demasiada coincidência para corresponder a uma verdade interna.

irritam-me aquela necessidade de afirmação pela oposição, faz-me lembrar a frase da mafaldinha do quino, qq coisa como "há então tu és do grupo daqueles que não querem fazer parte do outro grupo"

quando nos focamos naquilo que os outros são, e nos desenhamos como oposição a isso, acabamos por não respeitarmos aquilo que temos cá dentro.
exemplo parvo, retirado de uma conversa com uma das minhas sobrinhas, mas que "i have been there" e para além do mais há muitos adultos que pensam assim: não comprar uma coisa porque só os betos é que usam, apesar de nós até gostarmos

a riqueza que podemos trazer ao mundo e aos outros está muito para além da simples oposição.
muitas vezes a riqueza que trazemos ao mundo é uma nova forma de harmonizar ou lidar com contradições que todos temos. de assumirmos essas nossas contradições. de não comprarmos um pacote qualquer, seja o da conformidade, seja o da oposição.

gosto de ópera e gosto de rock, gosto de ingmar bergman e gosto do brad pitt, gosto dos artistas unidos e gosto do star wars. gosto do hedonismo do oscar wilde, e tenho uma forte cultura de abnegação (oh mãezinha a quanto obrigas), sou coitadinha mas também sou uma filha da puta (coitada da minha mãezinha, que não tem nada a ver com isto).

analogismos - 3

a falta de uso do livre-arbítrio está para a nossa personalidade, como a falta de sal para a culinária

segunda-feira, setembro 05, 2005

tempo livre e férias

para que serve?

se o trabalho dignifica o homem, e o homem foi nascido para criar e não para trabalhar, para que serve o tempo livre?

tenho um pai workaholic e uma mãe que pouco se afasta disso, à sua maneira, o valor do ócio e do tempo livre sempre me foi dificil de entender.

gosto de praia e de sol, mas em demasia cansa-me, e sinto sempre a necessidade de estar a fazer algo, como ler um livro, ou conversar, ou ir dar um passeio, ou jogar volei

ontem experimentei não fazer absolutamente nada. ficar apenas parada.
sempre que faço isto surgem-me mil ideias de coisas que tenho que fazer a nível de trabalho ou outras, como uma ideia para um post, etc
é-me difícil o sossego

para que deviamos usar o tempo livre? será que alguém nos devia ter explicado isso, será que temos um dever de explicar aos mais novos que o tempo livre pode ser usado para muitas coisas mas que umas são "melhores" que outras? será que são? como e para quê?

dilema do prisioneiro

se os estados unidos não andassem preocupados na corrida ao armamento, forçando todos os outros a andarem também eles preocupados com a corrida ao armamento (ou na luta contra o terrorismo),
talvez tivesse havido mais dinheiro para fazer aquelas operações de manutenção que teriam impedido o colapso dos diques de new orleans

quando vamos aprender (estados e pessoas) a criar acordos que nos permitam deixar de investir em corridinhas a ver quem tem mais disto ou daquilo, e passamos de facto em investir naquilo que de facto nos pode salvar dos riscos que, naturalmente, corremos?